Por Ricardo Brito e Célia Froufe
Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS) classificou como “imaginação” as informações veiculadas nos últimos dias pela imprensa de que esteja sendo armada uma blindagem na CPI de Cachoeira, por interesse do governo. “Essa informação é uma imaginação. A CPI vai cumprir o papel de investigar as relações de Carlos Cachoeira”, garantiu Maia, ao final da sessão do Congresso Nacional, onde foi lido o pedido de instalação da CPI para investigar as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cacheira, com agentes públicos e privados. O empresário, preso em fevereiro, é acusado de chefiar um esquema de jogo ilegal em Goiás.
Segundo Maia,a CPI deve apurar as conexões do contraventor com os três Poderes, com a iniciativa privada e também com alguns setores da imprensa. Marco Maia não acredita que as investigações parlamentares, que devem durar pelo menos 180 dias, possam atrapalhar a pauta de votações da Câmara. Ele disse que a votação do Código Florestal está marcada para a próxima terça-feira e descartou a possibilidade de qualquer novo adiamento.
A mesma opinião tem a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para quem o andamento dos trabalhos no Executivo e no Legislativo não sofrerá com a instalação da CPI.”O governo tem orçamento aprovado. As políticas públicas se desenrolarão muito bem. Mas as medidas provisórias têm também um rito predefinido, que exige um ritmo do Congresso. Acredito, e os presidentes das Casas (Senado e Câmara) têm dito, que é possível compatibilizar as duas funções”, comentou, durante o lançamento da Iniciativa Global para Transparência Fiscal (GIFT, na sigla em inglês).