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Manifestações pró e contra o impeachment ocorrem em 25 Estados e no DF

Por Da Redação
17 abr 2016, 15h02

Pelo menos 25 Estados, além do Distrito Federal, registram manifestações favoráveis ou contrárias ao impeachment da presidente Dilma Rousseff neste domingo, dia em que a Câmara dos Deputados decide sobre a admissibilidade do processo de afastamento da petista da Presidência.

Em Brasília, do lado norte da Esplanada dos Ministérios, separado para quem é contra o impeachment, o movimento ainda é fraco no início da tarde, já que os manifestantes estão se concentrando a seis quilômetros do local e deverão seguir para o Congresso Nacional mais tarde. Cerca de 6.000 pessoas estão na concentração, de acordo com o último boletim da Polícia Militar. Integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) puxam gritos de guerra próximo ao Ministério das Comunicações.

Em São Paulo, manifestantes contra o impeachment já lotam o Vale do Anhangabaú, na região central da capital paulista. Militantes sindicais, de movimentos sociais e também cidadãos não ligados a organizações carregam faixas contra o golpe e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Gritam “Não vai ter golpe, vai ter luta”, mensagens expostas também em um telão instalado no local. Ainda não há estimativa de público, mas a população já ocupa uma extensão que vai do Viaduto do Chá, onde um carro de som faz as vezes de palco, até a esquina com a Avenida São João.

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Os apoiadores do afastamento da presidente se reúnem em frente ao prédio da Fiesp, na Avenida Paulista. Por lá, a movimentação segue tranquila e o número de manifestantes é menor em comparação a outras manifestações que pediam o impeachment de Dilma.

Até perto das 13h, a movimentação era pequena, mas há um grande número de barracas montadas na avenida para a venda de bebidas e comidas para os manifestantes. A expectativa dos organizadores é que 300.000 pessoas participem da manifestação. Mais cedo, na cidade paulista de Osvaldo Cruz, cerca de 200 pessoas pediam a saída da petista da Presidência. Em Indaiatuba, também houve um ato contra a presidente Dilma.

No Rio de Janeiro, a manifestação Funk contra o Golpe entrou na reta final pouco antes das 13h. Os organizadores informaram ao microfone de carro de som que o ato reuniu 50.000 pessoas. Procurada, a Polícia Militar disse não ter feito estimativa de público. O protesto é organizado pela produtora de funk Furacão 2000 e pela Frente Brasil Popular, entidade que reúne sindicatos e movimentos sociais de esquerda.

A manifestação em Campinas (SP) reúne cerca de 5.000 pessoas, segundo números não oficiais dos organizadores, que só fariam uma avaliação oficial no fim da tarde. Ronald Tanimoto, coordenador estadual do Movimento Brasil Livre (MBL), a expectativa é de que 300.000 pessoas passem pela avenida Norte-Sul até o final da manifestação.

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Eles esperam que a maior parte dos manifestantes chegue depois das 17h. Um drone está sendo usado para conferir a ocupação das vias. “Na manifestação passada foram 100.000 pessoas e travamos o Centro. Por isso mudamos para um lugar mais amplo”, disse.

Minas Gerais – Em Minas Gerais, manifestantes começavam a chegar à Praça da Liberdade por volta das 13h30 para participar do protesto pelo afastamento da presidente. Três caminhões de som estão posicionados na praça. Um telão está sendo montado para transmissão da votação do impeachment. Cerca de duas mil pessoas contrárias ao impeachment saíram em outro ato da Praça Raul Soares e seguiram para a Praça da Estação, de onde acompanharão a sessão na Câmara dos deputados também por telões.

Ceará – Um boneco inflável gigante do juiz Sérgio Moro foi erguido no meio da Praça Portugal, em Fortaleza, onde manifestantes que querem o impeachment da presidente Dilma acompanham, por meio de um telão, a votação do processo pela Câmara dos Deputados.

Acre – Em Rio Branco, capital do Acre, foi montada uma estrutura com telão e caminhão de som na Praça Eurico Dutra em frente à sede administrativa do governo, o Palácio Rio Branco. Por enquanto, apenas as equipes de apoio e vendedores ambulantes estão no local. Apenas alguns poucos manifestantes vestidos de verde amarelo estão no local. Quem organiza a manifestação no Acre é o Movimento Brasil Livre e o Vem pra Rua. A capital do Acre mantém, por enquanto, um clima de normalidade para um domingo chuvoso.

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Rio Grande do Sul – Em Porto Alegre, no Parque Moinhos de Vento, o Parcão, reduto pró-impeachment, manifestantes vaiaram os deputados que se manifestaram em favor de Dilma no plenário da Câmara. No centro da cidade, na Praça da Matriz, onde defensores de Dilma estão reunidos, o clima é tranquilo. “A manifestação está sendo de forma ordeira. Após o final da votação, não há previsão de marcha de nenhum dos grupos”, afirmou o tenente-coronel Mario Ikeda, da Brigada Militar.

Espírito Santo – No Espírito Santo, os grupos pró-impeachment poderão acompanhar a votação em telões que serão instalados na Praça do Papa, na Enseada do Suá, em Vitória, e em um posto de combustíveis na Praia da Costa, em Vila Velha, na grande Vitória.

Bahia – Na praia do Jardim de Alah, em Salvador, as cores verde e amarelo predominam desde as 16h deste domingo. Integrantes do movimento Brasil Livre Bahia e do Vem Pra Rua assistem, nos dois telões instalados à beira da praia, à votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, em Brasília.

“A expectativa para a votação é a goleada de hoje. Serão mais de 342 gols dos brasileiros. Temos a ideia de canalizar a energia da indignação do povo, na tentativa de mudança, para que haja uma mudança real. Temos mais de 16 milhões de cliques no Brasil todo e isso é uma força importante do cidadão”, diz o líder estadual do Movimento Vem Pra Rua, César Leite.

Inicialmente, a concentração dos manifestantes contra Dilma seria no Farol da Barra, mas os apoiadores da presidente já haviam agendado o local, o que motivou a determinação da Secretaria de Segurança Pública da Bahia para que fizessem o ato e acompanhassem a votação em outro local.

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Desde o início da manhã, integrantes de movimentos sociais, partidos políticos e centrais sindicais contrários ao impeachment se reúnem no Farol da Barra para também acompanhar a votação.

Paraná – No Paraná, na cidade de Francisco Beltrão, o movimento “Vem Pra Rua” instalou nas ruas cavaletes com os nomes dos deputados do Estado que são contrários ao impeachment.

Em Cascavel, no oeste do Estado, as manifestações estão tranquilas. Até 16h30, poucas pessoas pró e contra o afastamento da presidente se concentravam em dois pontos distintos da cidade.

Os manifestantes favoráveis ao impeachment estão reunidos ao lado do prédio da prefeitura. Vestidos de verde e amarelo, eles acompanham por um telão de LED a votação na Câmara Federal. “Estamos confiantes que o impeachment será aprovado pelos deputados, mas independente do resultado, o brasileiro é quem vai pagar a conta por tudo o que está acontecendo no Brasil”, afirma o empresário Nestor Furlan. Para ele, a mobilização deve continuar para “varrer” os políticos corruptos do Congresso Nacional e também de outras esferas do poder.

Já os manifestantes contra o impeachment estão reunidos na praça Wilson Joffre, centro da cidade, em minoria. Eles carregam bandeiras do PT, CUT e MST. O ato é promovido pela Frente Brasil Popular e está sendo embalado por Rap e músicas latinas. Porém, os manifestantes não escondem a preocupação com o resultado da votação do processo em Brasília.

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Rondônia – Na capital de Rondônia, Porto Velho, manifestantes contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff já estão em concentração na Praça das Três Caixas D’Água desde as 10h. Participam do movimento membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT/RO), MST, Partido dos Trabalhadores, entre outros movimentos. Os organizadores esperam que mais de 5.000 pessoas se unam à manifestação até o início da votação, às 14h.

Mato Grosso – Em Mato Grosso, pessoas pró e contra o impedimento da presidente Dilma reúnem-se em praças e bares para acompanhar a votação. Movimentos sociais, sindicais e estudantis que compõem a Frente Brasil Popular em Mato Grosso participam desde as 9h, na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), para a “Vigília Ecumênica pela Paz e pela Democracia”.

Mato Grosso do Sul – Grupos pró e contra a permanência da presidente Dilma Roussef no poder se concentram neste domingo na Praça Ary Coelho e no canteiro central da avenida Afonso Pena, em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Cerca de 80 pessoas da Frente Brasil Popular estão na praça e vão permaneceram até o fim da votação que define a admissibilidade do impeachment. Espera-se que mais manifestantes sigam para o local, onde telão foi montado.

Já na Afonso Pena, em frente ao Ministério Público Federal, que fica a apenas dois quilômetros da praça, os grupos Reaja Brasil e Chega de Impostos concentram cerca de 300 manifestantes. Um telão foi montado para acompanhar a votação.

Maranhão – Em São Luís, os que defendem o impeachment ainda se organizam de forma tímida na capital maranhense. Cerca de 20 pessoas estão reunidas em um bar da Lagoa da Jansen, região nobre da cidade. Com um boneco inflável do Pixuleco e bandeiras do Brasil, os ludovicenses aguardam com ansiedade o início da votação.

Pernambuco – Em Recife, os manifestantes não param de chegar aos pontos de mobilização contra e a favor no impeachment. No Marco Zero, na área central da cidade, os organizadores da Frente Brasil Popular já calculam mais de 5.000 pessoas presentes no local. A Polícia Miliar de Pernambuco, por sua vez, disse que não vai divulgar informações oficiais sobre estimativa de público.

Em Boa Viagem, o movimento Vem pra Rua garante que cerca de 1.000 pessoas estão no segundo jardim, onde um telão foi montado. Em ambos os locais, a cada pronunciamento os manifestantes gritam palavras de ordem de acordo com a posição adotada pelos deputados. O clima é de tranquilidade e não foi registrado nenhum tipo de confronto.

(Com Estadão Conteúdo)

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