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Maluf vai ser vizinho de Joesley Batista na carceragem da PF

Deputado criticou empresário, a quem chamou de crimonoso, por causa da gravação de conversa com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 20 dez 2017, 17h01 - Publicado em 20 dez 2017, 16h40

O deputado Paulo Maluf (PP-SP) deve encontrar na carceragem da Polícia Federal, em São Paulo, os empresários Joesley e Wesley Batista. Os executivos da JBS estão custodiados desde setembro na mesma ala para onde foi levado o ex-prefeito de São Paulo. Condenado a sete anos, nove meses e dez dias por lavagem de dinheiro, Maluf entregou-se nesta quarta-feira (20) à PF.

Em julho, Maluf criticou Joesley por causa da gravação que o empresário fez de uma conversa com o presidente Michel Temer (PMDB), no Palácio do Jaburu, na noite de 7 de março. O diálogo amparou a denúncia do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot contra o peemedebista.

O deputado afirmou que Joesley “induziu conversa (com o presidente) em que não teve absolutamente nenhum tipo de crime”. Maluf descreveu Temer, na ocasião, como “um homem honesto, probo, correto e decente”.

“Temer é vítima de um complô, pois os criminosos não estão no Palácio, são aqueles que assaltaram a nação e compraram frigoríficos do mundo inteiro com dinheiro do Brasil”, afirmou, na época, sobre os donos da JBS.

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A cela da carceragem da PF tem cerca de 12 metros quadrados. Na parte da frente há um beliche, uma mesa e um banco. Nos fundos, um vaso e um chuveiro, um de frente para o outro.

Maluf se entregou à PF após decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o cumprimento de decisão da 1ª Turma, que condenou o político à prisão. O parlamentar estava acompanhado de quatro advogados ao se apresentar.

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O deputado, de 86 anos, deixou a PF em um carro preto descaracterizado por volta das 11h para fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. Cerca de uma hora depois, Maluf voltou à PF, onde seria encaminhado à carceragem.

Como cumpre pena por condenação, a legislação estabelece que o deputado seja mandado para uma prisão estadual. O pedido deve ser feito pela Polícia Federal à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que fica responsável por achar uma vaga no sistema prisional do estado.

A defesa de Maluf afirma que o deputado está doente. Os advogados vão entregar à Justiça laudos médicos para demonstrar que o ex-prefeito de São Paulo tem câncer de próstata e que o político passou recentemente por quimioterapia.

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Os atestados vão reforçar o pedido para que o político permaneça em São Paulo, onde tem residência. A defesa vai pedir à Vara de Execução Penal do Distrito Federal que dê a Maluf a prisão domiciliar por causa de seu estado de saúde. Em 1997, Maluf submeteu-se a uma cirurgia de câncer na próstata. A defesa não informou detalhes sobre o tratamento atual, realizado no Hospital Sírio-Libanês.

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