Maior parte dos 60.000 cargos extintos por Temer já está vaga
Corte atinge profissões consideradas obsoletas e demais funções serão fechadas à medida que os funcionários se aposentarem ou deixarem serviço público
Quase cinco meses após o anúncio do pacote de iniciativas para conter gastos com pessoal, o presidente Michel Temer (PMDB) assinou nesta terça-feira 9 o decreto para extinguir 60.923 cargos públicos do Poder Executivo. A medida, porém, não tem impacto fiscal imediato – ao contrário do adiamento dos reajustes de servidores e da elevação da alíquota previdenciária do funcionalismo público, suspensas por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o Ministério do Planejamento, 37.800 dos cargos que serão extintos estão vagos. Os demais serão fechados à medida que os funcionários forem se aposentando ou deixarem o serviço público. O secretário de Gestão de Pessoas do Planejamento, Augusto Chiba, explicou que não é possível prever em quanto tempo isso vai ocorrer, mas ressaltou que o decreto é importante para evitar que os órgãos preencham futuramente essas vagas, trazendo mais custos.
O corte inclui profissões consideradas obsoletas, como telefonista, editor de videotape, assistente de som, datilógrafo e digitador. São postos que exigem escolaridade até ensino fundamental ou médio, voltados a atividades auxiliares. A previsão é que gastos com pessoal no Executivo cheguem a 322,8 bilhões de reais neste ano, ante 285 bilhões de reais em 2017.