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Mãe de menino morto pela PM acusa policiais de ‘plantar’ arma

Segundo boletim de ocorrência, policiais dispararam contra o garoto, que foi baleado na cabeça, após ele atirar primeiro

Por Da Redação
3 jun 2016, 17h16

A empregada doméstica Cintia Ferreira Francelino, 29 anos, mãe do menino de 10 anos que morreu baleado pela Polícia Militar após furtar um carro, acusou nesta sexta-feira os policiais envolvidos na ação de plantar a arma na cena da ocorrência. “Ele estava andando muito na rua, mas não tinha arma. Quero que façam exame da digital na mão dele”, disse ela, referindo-se ao exame residuográfico, capaz de detectar registros de pólvora na mão garoto. O caso aconteceu na noite desta quinta-feira na Zona Sul de São Paulo.

No boletim de ocorrência, os policiais relataram que revidaram aos disparos do garoto, que foi encontrado com um revólver calibre 38. Moradora de uma favela no Campo Belo, Zona Sul da capital paulista, a mãe questiona: “Como ele (o policial que deu um disparo) não viu que era uma criança, meu Deus? Ele não tem filho?”. O menino foi alvejado na cabeça e morreu na hora.

Cintia chegou ao Instituto Médico-Legal (IML) Oeste, na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, acompanhada de quatro familiares. Passou pela porta, foi até o balcão e disse, com lábios tremendo: “Meu filho”. O desespero da mãe era acompanhado da revolta dos familiares. Um tio do menino, que não quis dar o nome, reforçou a tese da mãe. “A gente sabe como é as coisas onde a gente mora. Todo mundo sabe. Todo mundo ali sabe que ninguém daria uma arma para um menino de 10 anos”, disse. “Tem consequência. Então, não tinha como ele ter uma arma.”

A família contou que o menino tinha uma caixa de engraxates e que, às vezes, ia até o aeroporto ver se conseguia algum dinheiro. “Os meninos lá só querem ficar na lan house, por isso, ele queria dinheiro”, afirmou o tio.

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Embora tenha reconhecido que o menino não estudava e vivia na rua, a mãe negou que ele já tivesse cometido crimes. Há, entretanto, dois boletins de ocorrência registrando furtos anteriores praticados pelo garoto, em janeiro e em abril deste ano.

A mãe disse ainda que o pai da criança, de quem é separada, estava viajando – sem dar detalhes, disse que a família mantinha bom relacionamento. Há suspeitas de que o pai esteja preso. Até o início da tarde desta sexta-feira, o corpo estava no IML. A família ainda não sabia onde seria o enterro.

(Com Estadão Conteúdo)

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