A três dias de assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Ricardo Lewandowski planeja uma atuação mais rígida da Corte durante a sua gestão. Fiscalização austera na prestação de contas das campanhas será uma das prioridades � o ministro planeja dobrar o volume de funcionários responsáveis por investigar a existência de falcatruas nos balanços dos partidos.
Responsável pelas eleições deste ano, Lewandowski citou uma possível parceria com a Polícia Federal e o Ministério Público para coibir ações ilegais durante as eleições, mas afirmou que é impossível acabar com algumas delas, como o caixa dois.
O ministro encara com naturalidade as críticas que o presidente Lula dirigiu ao TSE na semana passada � por 4 votos a 3, o Tribunal multou Lula em cinco mil reais por fazer propaganda antecipada. “Vejo no pronunciamento do presidente da República um inconformismo com a decisão. Isso é comum nas pessoas que perdem alguma demanda na Justiça”, declarou em entrevista ao Estado de S. Paulo.