Laudo reforça tese de que gás matou família em São Paulo
Peritos constataram concentração de monóxido de carbono acima do normal nos corpos encontrados em Ferraz de Vasconcelos
O Instituto de Criminalística (IC) constatou que havia uma concentração de monóxido de carbono acima do normal nos corpos das cinco vítimas de uma mesma família encontradas mortas dentro de um apartamento em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, no dia 17 de setembro.
Os laudos ainda serão entregues ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso. As vítimas são a enfermeira Dina Vieira da Silva, de 42 anos, e de seus quatro filhos, de 7, 11, 12 e 16 anos. As mortes, segundo o inquérito, foram provocadas provavelmente por um vazamento no aquecedor de gás do imóvel, que não tinha uma tubulação de escape para a rua e não era o modelo apropriado para o abastecimento por botijão. O IC constatou, em uma simulação, que o aparelho liberava o gás quando ligado.
A polícia chegou a prender o namorado da enfermeira, o boliviano Alex Guidone Pedraza, de 33 anos, que era suspeito de ter envenenado as cinco vítimas. Dina já havia denunciado três vezes o namorado por violência doméstica – a última registrada dois anos atrás. Foi ele que pediu ajuda aos vizinhos para chamar a polícia após encontrar a técnica em enfermagem e os filhos já sem vida. Ele foi solto, a pedido do DHPP, após as primeiras perícias serem divulgadas.
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(Com Estadão Conteúdo)