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Kassab monta palanque no Rio de Janeiro

Com aprovação em baixa nas pesquisas, prefeito faz de evento na Assembleia Legislativa uma miniconvenção do PSD, e diz que apoiar Serra seria 'uma honra'

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 dez 2011, 20h04
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  • Com o menor índice de aprovação desde o início de seu governo, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, transformou a homenagem organizada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro nesta segunda feira em um happening do Partido Social Democrata (PSD). O alcaide recebeu, junto com Indio da Costa, a medalha Tiradentes, na presença de deputados federais, estaduais, vereadores e candidatos pelo PSD no plenário, que ficou lotado. As 450 cadeiras estavam ocupadas e ainda havia muitos em pé para presenciar a homenagem a Kassab, a partir de hoje cidadão do Rio. Se em São Paulo o prefeito não anda em alta, políticos do Rio o aplaudiram de pé e o cortejaram durante as três horas em que esteve na Alerj.

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    Antes de subir à tribuna, Kassab reafirmou à imprensa sua lealdade a José Serra. E disse que, caso o ex-governador queira concorrer à prefeitura de São Paulo, o PSD o apoiará. “A prioridade de qualquer partido é a candidatura própria. Nós temos bons quadros, como o vice-governador (de São Paulo) Afif Domingos e o Henrique Meirelles (ex-presidente do Banco Central), mas há uma decisão unânime do partido de que, se o Serra se definir por uma candidatura, terá nosso apoio”, disse. Kassab definiu sua administração como “Serra-Kassab”, e acrescentou: “Se o Serra quiser sair candidato, será uma sequência natural de nossa administração”. A série de elogios continuou. O prefeito declarou que seria “uma honra muito grande” apoiar Serra. “A cidade de São Paulo ganharia (com Serra como prefeito). É uma das pessoas mais qualificadas que o país tem. E São Paulo ter a oportunidade de ser mais uma vez governada por José Serra é um prestígio que poucas cidades têm”, disse.

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    Kassab optou por uma linha de afagos. Não falou mal de ninguém e não descartou nenhuma aliança, reforçando o discurso do novo partido. Sua ex-legenda, o Democratas, ganhou o seu quinhão: “Nenhum veto ao DEM. Temos grandes amigos no partido, pessoas com formação boa. Desejamos muita sorte, que a legenda possa encontrar o seu caminho. A democracia precisa de partidos. O DEM é muito bem visto desde que existam circunstâncias locais para nossas alianças”, afirmou Kassab, sem descartar uma dobradinha entre o PSD e DEM.

    No plenário, foi a vez de Kassab ouvir elogios. A pesquisa Datafolha que mostrou uma grande queda na aceitação do prefeito- apenas 9,20% dos paulistanos avaliaram o governo como ótimo ou bom, no levantamento anterior o índice era de 24%- foi ignorada pelos novos integrantes do PSD. O que era para ser um evento de entrega da medalha Tiradentes, tornou-se uma grande convenção do novo partido. O líder do governo na Alerj, André Correa, do PSD, disse que o motivo de escolher o nome de Kassab para receber a honraria foi a defesa pelos royalties. “A razão central da nossa homenagem foi o seu posicionamento firme em respeito à legislação que confere os royalties ao Rio”, afirmou Correa, que não perdeu a oportunidade de ressaltar a “envergadura política” de seu novo líder.

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    Já Wagner Montes, o deputado estadual mais bem votado do Rio pelo PDT, hoje no PSD, deu nova explicação para a homenagem ao prefeito de São Paulo. “A medalha é pelo o que Kassab fez pelo Brasil: criou um quartel general da democracia”, disse. Apesar da rápida passagem pelo Rio, o prefeito de São Paulo esqueceu, na tarde desta segunda, a queda de sua popularidade. Índio da Costa foi quem mais se derramou. “São Paulo é uma cidade complexa, e tem uma saúde que funciona em nível de Suíça”, disse.

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    No Rio de Janeiro, o PSD já fechou aliança para 2012 pela reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e, em 2014, pelo apoio ao candidato do governador Sérgio Cabral (PMDB), provavelmente o vice Luiz Fernando de Souza, o Pezão (PMDB). O PSD tem a maior bancada na Assembleia do Rio, com 13 parlamentares, entre eles o líder do governo Cabral, André Corrêa. Kassab afirmou que não há veto a alianças com nenhum partido, nem mesmo o DEM, de onde o prefeito saiu para fundar o PSD. O partido está estruturado em 85% dos municípios brasileiros, é o terceiro maior partido em número de prefeitos (são quase 600), e conta com uma bancada de 55 deputados federais.

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    (com Agência Estado)

    Kassab terá R$ 38,8 bi para gastar em ano eleitoral

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