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Justiça encontra apenas R$ 161 em contas de grupo investigado por desvios milionários pela Lei Rouanet

Juiz federal afirmou que o valor pífio encontrado é 'no mínimo estranho' e levanta suspeitas 'desfavoráveis' aos executivos do Grupo Bellini, principal alvo da Operação Boca Livre

Por Da Redação
8 jul 2016, 10h30

A Justiça Federal de São Paulo encontrou apenas 161,56 reais nas doze contas dos executivos do Grupo Bellini, principal alvo da Operação Boca Livre, que investiga desvios de 180 milhões de reais por meio da Lei Rouanet. Na conta do empresário e controlador da empresa, Antonio Carlos Bellini Amorim, não foi achado nem um único centavo. Já nas cinco contas do seu filho Felipe Amorim, o noivo do casório, que, segundo a PF, foi bancado por projetos da Lei Rouanet, foi encontrado 159,71 reais. E nas três contas do seu irmão, Bruno, foi localizado apenas 1,85 reais.

O trio foi preso na semana passada durante a operação. Inicialmente, o mandado expedido contra eles era de prisão temporária (válida por cinco dias), mas depois se converteu em preventiva (por tempo indeterminado). O achado de valores tão pífios causou perplexidade entre os investigadores porque o Grupo Bellini captou, segundo levantamento preliminar, 4,58 milhões de reais pelo mecanismo de incentivo da Lei Rouanet.

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A PF e a Procuradoria da República fizeram uma varredura na lista de fornecedores arrolados para os projetos culturais, conforme informações prestadas pelo Ministério da Cultura, e verificaram que pessoas físicas e jurídicas ligadas a Bellini, “bem como o próprio”, foram destinatários de pagamentos superiores a 4,5 milhões de reais, o que corresponde a 15,59% da amostra de pagamentos avaliados.

Na decisão que determinou a prisão preventiva de pai e filhos, o juiz federal Hong Kou Hen chama a atenção para a suspeita de que os envolvidos esvaziaram as suas contas bancárias. “Merece destaque, ainda, que determinado o bloqueio de valores sob titularidade dos investigados, restou informado que Antônio possuía saldo zero reais nas suas quatro contas, Bruno, o saldo de 1,85 reais nas suas três contas, e Felipe o saldo de 159,71 reais nas suas cinco contas, o que, no mínimo é estranho, e levanta suspeitas desfavoráveis aos investigados, considerando que foram movimentados milhões de reais nos últimos anos”, afirmou o magistrado. “No entender deste juízo, não se trata de situação de penúria econômica, mas de provável manobra de esvaziamento das contas bancárias, circunstância que evidencia conduta visando frustrar a aplicação da lei penal”, destacou Hong Kou Hen. Procurados, os representantes do Grupo Bellini não foram encontrados.

(Com Estadão Conteúdo)

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