Justiça e polícia buscam Edmundo no Rio
Mandado de prisão já foi expedido, e advogado vai tentar habeas corpus para o ex-jogador, condenado em 1999 pela morte de três pessoas em acidente de trânsito
O mandado de prisão para o ex-jogador de futebol e comentarista esportivo Edmundo Alves de Souza Neto já foi expedido pelo juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro. O mandado está com o oficial de Justiça. A polícia também participa da busca a Edmundo.
O ex-jogador foi condenado pelos homicídios culposos (quando não há intenção de matar) de três pessoas e lesões corporais também culposas em outras três, vítimas de um acidente ocorrido na Lagoa, zona sul do Rio, em 2 de dezembro de 1995. Sua condenação saiu em 1999 e prevê quatro anos e seis meses de prisão, em regime semi-aberto.
O jogador dirigia um jipe Cherokee que bateu a 120 quilômetros por hora num Fiat Uno, que capotou. Morreram na hora o motorista do Uno, Carlos Pontes, sua namorada, Alessandra Perrota, e Joana Couto, que estava no carro com o jogador e outras duas pessoas. Na ocasião, Edmundo não passou por dosagem alcoólica, supostamente porque o hospital que o atendeu não tinha frascos adequados para essa finalidade. Com catorze recursos impetrados, onze deles antes mesmo da sentença, os advogados do jogador conseguiram retardar o julgamento por três anos. Nesse meio tempo, ele mudou-se para a Itália e foi à Copa do Mundo como reserva da seleção brasileira.
A sentença que condenou o ex-jogador foi proferida pela 17ª Vara Criminal da Capital. Ele recorreu, mas a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio manteve a decisão no dia 5 de outubro de 1999. Segundo o juiz Carlos Eduardo de Figueiredo, ainda não ocorreu o lapso temporal exigido pela lei para a prescrição do crime, como alegava a defesa. O advogado de Edmundo, Arthur Lavigne, disse que vai entrar com pedido de habeas corpus.
(Com Agência Estado)