Justiça de Minas Gerais interroga 14 testemunhas da morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno
Audiência de instrução e julgamento iniciada na semana passada é retomada nesta quarta-feira em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte
A Justiça de Minas Gerais deve interrogar nesta quarta-feira 14 testemunhas do processo sobre o seqüestro e o assassinato da jovem Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo. A audiência de instrução e julgamento, iniciada na semana passada, foi retomada pela manhã no Fórum de Contagem, região Metropolitana de Belo Horizonte. Entre os depoimentos aguardados estão os do casal de caseiros do sítio do jogador em Ribeirão das Neves; o de um detetive da Polícia Civil, que recebeu a ocorrência sobre o crime contra a jovem; e de quatro dos cinco delegados responsáveis pelas investigações. Além do jogador, outras oito pessoas foram acusadas de envolvimento no homicídio de Eliza.
O interrogatório do casal e do agente de polícia deveria ter ocorrido na última sexta-feira. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), os três pediram para falar sem a presença de oito dos nove acusados que acompanham a sessão no banco do réus. Eles serão, então, ouvidos em uma sala separada. Mesmo com o pedido das testemunhas, o advogado Ércio Quaresma solicitou que o goleiro Bruno assistisse aos depoimentos. O réu, no entanto, afirmou que se sentia mal e permaneceu detido na cela do fórum.
Após as denúncias da avó, de tios e de primos do jogador, de que o advogado Ércio Quaresma estaria os ameaçando de morte caso o goleiro Bruno desistisse de ser defendido por ele, o defensor se vê envolvido em novas acusações. O advogado Marco Antônio Siqueira, que defende Sérgio Rosa Salles, primo de Bruno, chegou a abandonar o caso durante a manhã
“O Quaresma disse que o que era meu estava guardado e que minha hora iria chegar”, contou Siqueira. Ainda segundo ele, uma série de ligações e e-mails anônimos com ameaças também teria contribuído para a decissão de abandonar o caso. “Não preciso trabalhar em condições como estas. O Sérgio era o que mais ajudava as investigações e tinha grandes chances de ser liberado”, afirmou Siqueira.
A juiza Marixa Fabiane Rodrigues, que preside a audiência não concordou com o afastamento e Siqueira retomou o caso.