A Justiça da Bahia condenou a doze anos e seis meses de prisão o pescador Roberto Carlos Magalhães Lopes, de 35 anos, autor de um crime cruel contra o enteado de apenas dois anos: em 2009, ele perfurou o corpo do menino com 31 agulhas em um ritual de magia negra. Hoje com sete anos, a criança ainda tem quatro agulhas espalhadas pelo corpo. Na época, o monstro afirmou que atacou o menino em um ritual de magia negra, com objetivo de se vingar da sua mulher, mãe da criança.
Apesar da condenação, a barbárie saiu barato: segundo a promotora de Justiça Fernanda Pataro, responsável pela acusação, Lopes deverá cumprir apenas mais três anos em regime fechado por já estar preso desde 2009. O restante da pena deverá transcorrer em regime semiaberto.
Crime – O crime aconteceu no município de Ibotirama, na Bahia, a 500 quilômetros da capital Salvador. O caso foi descoberto em dezembro de 2009 quando a criança foi submetida a um exame de raio-x depois de se queixar de dores. As imagens mostraram o corpo do menino, à época com dois anos, repleto de perfurações e de objetos metálicos do pescoço até as pernas. Duas agulhas estavam no coração e outras duas no pulmão. O menino passou por três cirurgias e ficou internado por mais de um mês. Os médicos conseguiram retirar 22 agulhas. Outras agulhas foram removidas sem cirurgia.
A Justiça considerou que o crime foi cometido por motivo torpe, de forma cruel e com recurso que tornou impossível a defesa da vítima.
Fuga – Lopes chegou a fugir da prisão no fim de 2010, mas foi recapturado dias depois na casa de familiares. De acordo com o Ministério Público da Bahia, ele disse que teve a ajuda de duas mulheres – uma delas sua amante – nas inúmeras sessões de tortura a que submeteu o enteado. As duas, entretanto, não foram acusadas formalmente por falta de provas.
Leia também:
Menor mata ex-namorada, filma crime e distribui imagens pelo celular, diz polícia
Ela implorou: ‘Pelo amor de Deus, não me mate’, diz mãe de menina executada por menor