O atual prefeito da cidade de Porto Alegre, José Fogaça, foi reeleito neste domingo com 58,95% dos votos válidos. Desde o início da campanha, o candidato do PMDB liderou as pesquisas de opinião e esteve sempre à frente de sua principal adversária, a petista Maria do Rosário, que terminou com 41,05% dos votos. No primeiro turno, Fogaça obteve 43,85% dos votos, enquanto Maria do Rosário ficou com 22,73%.
Durante a campanha, Fogaça chegou a comparar sua atuação com a do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, e disse que em vez de ataques e manipulação política Obama prefere uma linha construtiva, de respeito aos adversários. “Quero também sempre mostrar isso, ser alguém que privilegia o respeito democrático e jamais me valer de manipulação para tentar ganhar a eleição”, declarou. O candidato foi eleito pela primeira vez em 2004 e agora é o primeiro prefeito reeleito da história da capital gaúcha.
Denúncia – Neste domingo, Fogaça votou acompanhado do senador Pedro Simon (PMDB) e do candidato a vice, José Fortunatti (PDT). Desde cedo, o candidato demonstrava confiança e dizia estar satisfeito com a campanha de sua coligação. “Mostramos nossas realizações e a população foi entendendo.” A candidata do PT, porém, ainda acreditava em uma possível reviravolta. “Mostramos que nosso projeto está vivo”, falou a militantes no início da manhã. Maria do Rosário considerou uma vitória chegar a essa etapa das eleições, já que teve uma disputa acirrada com a ex-candidata do PC do B, Manuela D’Ávila, que acabou com 15,35% dos votos no primeiro turno.
Enquanto os eleitores iam às urnas para consolidar a vitória do atual prefeito, Maria do Rosário entrava com uma representação de última hora contra o candidato. Segundo a denúncia, o peemedebista utilizou a máquina pública com fins eleitorais a menos de 48 horas para o início da votação. Isso porque, no último sábado, o jornal Folha de S.Paulo publicou que a prefeitura de Porto Alegre teria distribuído bônus para a compra de moradia popular dois dias antes das eleições.
A coordenação jurídica da coligação Frente Popular, de Maria do Rosário, diz que este foi apenas um pedido de investigação, mas que, se confirmado, a Justiça Eleitoral pode aplicar a penalidade de cassação a Fogaça automaticamente.