O imperador do Japão, Akihito, comemorou nesta sexta-feira seu aniversário de 78 anos ao fim de um ano que classificou de “realmente difícil”, no qual o arquipélago foi devastado por um terremoto e tsunami que provocaram a maior catástrofe nuclear, na central de Fukushima, dos últimos 25 anos.
Diante de sua saúde frágil, o imperador renunciou à tradicional coletiva de imprensa, substituindo-a por um simples comunicado com “reflexões” sobre os acontecimentos de 2011.
Apesar de tudo, Akihito realizou uma aparição pública ao lado de sua família no balcão imperial para saudar as milhares de pessoas que foram honrá-lo.
“Este ano marcado pela catástrofe foi realmente difícil”, disse o imperador em sua mensagem, relembrando o drama de Fukushima, assim como as chuvas do verão boreal que originaram grandes inundações.
“No entanto, é alentador constatar que a população nas regiões atingidas enfrentam as difíceis condições de evacuação e que diversos voluntários tenham se apresentado para socorrer as vítimas”, destacou.
“Meu sentimento é que os japoneses se uniram para enfrentar a catástrofe e contribuir para ajudar melhor as vítimas”, acrescentou.
No dia 11 de março, um terremoto de 9 graus de magnitude seguido de um gigantesco tsunami causou a morte de cerca de 20 mil pessoas e diversos danos no nordeste do Japão.
Akihito ocupa o Trono do Crisântemo, como é designado o trono imperial do Japão, desde 1989, quando sucedeu seu pai, Hirohito, falecido aos 87 anos.
O imperador, chefe de Estado, cumpre uma função simbólica e não dispõe de nenhum poder político, mas é muito respeitado em todo o arquipélago japonês.