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Ninguém é ferro

Parado na blitz da Lei Seca, Tony Stark brasileiro levou multa de 900 reais — mas não estava embriagado

Por Eduardo F. Filho Atualizado em 30 ago 2019, 08h38 - Publicado em 30 ago 2019, 07h40

Tudo bem que os últimos filmes da Marvel não tenham sido lá muito generosos com o Homem de Ferro, que sofreu uma barbaridade nas mãos do implacável vilão Thanos nos longas da franquia Os Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato (ops, acaba de ser acionado aqui o botão anti-spoiler…). Mas nenhum roteirista de Hollywood poderia prever tamanha humilhação para o personagem quanto a cena de ser parado em uma blitz da Lei Seca em Volta Redonda, como ocorreu no dia 24. Humildemente, o herói estacionou, encheu o peito e, como qualquer simples mortal, soprou com vigor o aparelho que detecta o consumo de álcool. Passou na prova, mas acabou reprovado quando o guarda foi conferir os papéis dele. O Tony Stark brasileiro, como bom brasileiro, estava com a carteira de motorista suspensa desde janeiro e sem os documentos da motoca customizada. Aí não teve força suficiente na famosa armadura para impedir a apreensão e uma multa de 900 reais. “Vou ter de trabalhar dobrado”, afirma Aquino Aparecido da Cunha, de 52 anos, que embolsa de 360 a 900 reais para encarnar o Homem de Ferro em festas infantis no Rio de Janeiro. Trata-se de um bico. Durante o dia, ele dá expediente em uma siderúrgica — uma realidade bem distante da vida de ostentação do playboy original. A Lei Seca está do lado do bem e tem ajudado a salvar vidas no Rio. Desde 2009, quase 3,5 milhões de motoristas foram abordados em mais de 22 000 operações. No mesmo período, houve uma redução de 53% no número de mortes em acidentes de trânsito no estado. Diante dos poderes desse bafômetro, até o Homem de Ferro treme.

Publicado em VEJA de 4 de setembro de 2019, edição nº 2650


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