Greve de metroviários paralisa quatro linhas em São Paulo
As linhas 1-Azul, 2, Verde e 3-Vermelha do metrô e a linha 15-Prata do monotrilho são afetadas; rodízio de carros está suspenso
Quatro linhas do metrô de São Paulo são afetadas pela greve dos metroviários, nesta quinta-feira, 23. Em assembleia realizada na noite de quarta, trabalhadores do setor decidiram pela paralisação, que afeta as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, e o monotrilho linha 15-Prata. As linhas 4-Amarela e 5-Lilás funcionam normalmente, bem como todas as linhas da CPTM.
Devido à paralisação, o rodízio municipal de veículos foi suspenso na capital paulista. A Zona Azul e o veto de carros comuns circularem nos corredores de ônibus continuam valendo.
Por volta das 8h30 desta quinta, o Metrô disse aceitar a proposta dos trabalhadores de liberar as catracas das estações, desde que a operação volte ao normal. Desta forma, as linhas voltariam a funcionar, mas ainda com os metroviários ainda em protesto. Até as 9h, as estações seguiam fechadas. Em torno das 12h, no entanto, as estações ainda seguiam fechadas e os metroviários acusaram o governador Tarcísio de Freitas de descumprir o acordo com a categoria. Além disso, o Tribunal Regional do Trabalho derrubou o acerto para deixar as catracas livres.
“O Sindicato dos Metroviários vem tentando negociar com o governo desde o início do ano, inclusive com mediação do TRT [Tribunal Regional do Trabalho]. Além dos problemas de falta de funcionários e de investimentos, o governo deixou de pagar a Participação nos Resultados da categoria nos últimos três anos”, diz nota divulgada pelo sindicato.
Segundo a instituição, a categoria está disposta a negociar a qualquer momento para buscar um acordo. Os trabalhadores propuseram, como alternativa à greve, trabalhar normalmente, mas com as catracas abertas, ou seja, sem cobrança de passagem. “Se o governo concordar, os trabalhadores estão dispostos a protestar trabalhando com as catracas abertas para que a luta dos metroviários não cause transtorno à população”.
O metrô informou que vai acionará um plano de contingência para minimizar os efeitos da paralisação, que causa transtorno na capital paulista desde o início da manhã, “possibilitando o funcionamento de trechos importantes do sistema. O Metrô lamenta a decisão do Sindicato de punir a população, paralisando o serviço essencial de transporte”, disse a companhia nas redes sociais.
Justiça aceita liberar catracas
O TRT indeferiu liminar, a pedido do metrô, para fixar um quantitativo mínimo de funcionamento dos trens em caso de greve. Na decisão, foi acatada a liberação das catracas, método proposto pelo sindicato dos trabalhadores para afastar a possibilidade de danos à população.
“Segundo a juíza relatora da decisão, Eliane Aparecida da Silva Pedroso, dessa forma não ocorre diminuição da oferta dos serviços de transporte à comunidade, diferentemente do que foi proposto pelo sindicato patronal. Na opinião da magistrada, greve é um incômodo e tem o objetivo de mobilizar a sociedade em torno das exigências e necessidades de uma coletividade”, afirma comunicado do TRT.
(com Agência Brasil)