Governo de SP quer isolar Marcola por um ano
Líder da facção criminosa PCC está encarcerado na Penitenciária de Presidente Venceslau, no interior paulista
O governo de São Paulo quer manter o líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) preso em regime de isolamento por 360 dias. Nesta terça-feira, o secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, afirmou que pedirá à Justiça a transferência de Marco Willian Herbas Camacho, o Marcola, para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
Para justificar o pedido, as secretarias da Administração Penitenciária (SAP) e da Segurança Pública (SSP) voltarão a alegar a descoberta de um recente plano de resgate de Marcola e seus comparsas da Penitenciária de Presidente Venceslau, no interior paulista.
Após a descoberta da tentativa de fuga, o governo paulista pediu à Justiça a migração de Marcola para o RDD, pleito que foi atendido no dia 11 de março. Porém, um mês depois, a Justiça acatou pedido da defesa do criminoso e revogou o isolamento. O desembargador Péricles Piza entendeu que somente o plano de fuga era insuficente para justicar a mudança no regime de prisão.
O pedido à Justiça é mais uma tentativa do governo de isolar Marcola. O RDD prevê que o detento passe 22 horas por dia confinado em uma cela individual. Não há permissão para visitas nem acesso ao noticiário.
No ano passado, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, apresentou outro pedido de isolamento do líder do PCC e 31 integrantes da facção criminosa. O MP fez um enorme mapeamento dos tentáculos da facção e identificou 175 pessoas acusadas de participar do grupo. O pedido de internação de Marcola, porém, também foi negado pela Justiça.
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