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Governo atua para conter notícias falsas sobre nova greve, diz Padilha

Segundo o ministro, órgãos de inteligência foram acionados para rastrear a procedência de boatos sobre nova paralisação dos caminhoneiros

Por Reuters Atualizado em 1 jun 2018, 18h23 - Publicado em 1 jun 2018, 15h38
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  • O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta sexta-feira 1º, que órgãos de inteligência do governo federal estão atuando diante de áudios e vídeos divulgados em redes sociais que alertam sobre nova paralisação dos caminhoneiros na próxima segunda-feira, 4. Os boatos afirmam que a nova greve se daria porque o governo do presidente Michel Temer (MDB) descumpriu acordo firmado com a categoria.

    “Evidentemente que os órgãos de inteligência do governo foram acionados, porque nós temos um rastreamento da publicação destes vídeos. E nós recebemos por óbvio isso já ontem, nós tínhamos já um cabedal desses vídeos e todo o sistema de segurança está trabalhando em cima disto”, disse Padilha, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

    O ministro afirmou ainda que “as pessoas são identificáveis” e que o governo agirá “na hora certa” contra os incitadores da nova paralisação. “Não vai ficar sem punição quem tentar descaracterizar o fato, a verdade dos atos praticados pelo governo. Nós cumprimos com tudo aquilo que nos comprometemos”, garantiu. O ministro criticou ainda aqueles que disseminam o que ele chama de “terror”.

    “Quem está semeando terror no meio dos caminhoneiros, naturalmente, deverá ter por parte destes, o tratamento correspondente, que é o desprezo, nós queremos a verdade em primeiro lugar”, completou.

    Garantia de desconto

    O ministro voltou a assegurar que a redução de 46 centavos no preço do diesel nas refinarias chegará às bombas de combustível dos postos. Em resposta a reclamações das distribuidoras, Padilha afirmou que a redução do ICMS sobre o preço da refinaria compensará a necessidade de adição de biodiesel ao produto, assegurando, assim, o desconto acordado com os caminhoneiros.

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    “O óleo diesel que é abastecido nas bombas, ele tem uma composição de 90% de derivado de petróleo e 10% de biodiesel. Como nós estamos oferecendo 46 centavos é na refinaria, é só naquela parte que é do petróleo”, explicou.

    “Portanto, se fosse 46 centavos apenas na parte do petróleo, nós teríamos 41 centavos (na bomba). Esta é a alegação que eles (distribuidoras) fazem, não é isso? Pois bem, só que foi omitido, esquecido um dado fundamental: se nós deduzirmos do valor que estava em vigor no dia 21 de maio, os 46 centavos que estão sendo deduzidos pela Cide, PIS/Cofins e subvenção, a incidência, a base de cálculo para o ICMS está reduzida em 46 centavos”, acrescentou.

    Nos cálculos do ministro, considerando 15% de ICMS sobre os 46 centavos reduzidos do preço nas refinarias, haveria numa redução de seis centavos, de modo a se chegar no preço da bomba em um desconto de 47 centavos. “Nós vamos manter os 46 centavos deixar esse 1 centavo de folga para que não haja dúvida”, concluiu Padilha.

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    Também na entrevista coletiva, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que o governo vai utilizar a lei para que o preço do diesel com desconto chegue ao consumidor. Marun ressaltou que o governo está determinado em garantir o desconto acertado sobre o litro do óleo diesel e disse que haverá um disque-denúncia para ajudar no acompanhamento.

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