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‘Facções’, bate-boca com juíza e ‘estou livre’: o julgamento de Flordelis

Saiba tudo o que aconteceu no segundo dia do júri, marcado pelo depoimento de mais testemunhas de acusação

Por Gustavo Silva Atualizado em 9 nov 2022, 13h01 - Publicado em 8 nov 2022, 20h03

Com atraso de mais de uma hora e quarenta minutos, foi iniciado o segundo dia do julgamento da ex-deputada federal Flordelis, indiciada por homicídio triplamente qualificado do esposo, Anderson do Carmo, em 2019.  Presa desde agosto de 2021, ela enfrenta júri popular, junto com três filhos e uma neta, também acusados pelo crime. Pelo segundo dia consecutivo, a  indisposição entre a acusação e a defesa se repetiu.

Uma das estratégias da advogada da ex-pastora, Janira Rocha, foi exibir mensagens de celular na tentativa de contextualizar as perguntas que direcionava a uma das testemunhas ouvidas nesta terça-feira, um inspetor da Polícia Civil. A conversa girava em torno de tratamentos estéticos, o que irritou a juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói. “Qual a pertinência de demonstrar essa conversa?” questionou a magistrada, interrompendo a explanação da defesa.

Em seguida, o Ministério Público convocou o depoimento de Alexsander Felipe Mato Mendes, filho afetivo da ex-parlamentar. Ele, que não é acusado de participar do crime, demonstrou revolta com o plano que teria sido arquitetado pela mãe adotiva e pelos irmãos para matar Anderson. “Eu escolhi fazer por videoconferência para não ter que encarar elas”, disse. Ele revelou que  Flordelis teria dito “estou livre”, após participar do funeral do marido.

Segundo a testemunha, em outro momento, a mãe adotiva estava agindo para se livrar dos pertences de Anderson. “Ela perguntou: ‘Alexsander, qual é o número da sua roupa? A roupa dele dá em você?’ Eu pensei: ‘A gente acabou de enterrar [o ex-pastor] e ela já está querendo se desfazer da roupa dele”, contou.

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Outro depoimento do dia causou aparente revolta de Flordelis. Um inspetor da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), disse que a casa onde o casal de religiosos abrigava cerca de 50 pessoas tinha uma divisão interna. “Uma facção ajudou no planejamento da morte e outra facção denunciou a existência desse conluio”, afirmou. Enquanto dava seu relato, a ex-deputada fazia um não com a cabeça, como se estivesse contrariada.

Esse entendimento da dinâmica familiar na residência de Flordelis também foi relatada no dia anterior, pelos dois delegados responsáveis pelo inquérito.

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