A ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes, Dayanne Souza, afirmou nesta segunda-feira que Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, também pretendia matar o filho de Eliza Samudio, o bebê Bruninho. A declaração foi feita em depoimento no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde é realizada audiência para interrogar cinco dos réus acusados de seqüestrar e matar a ex-amante do jogador.
Dayanne confirmou a informação depois que o promotor Gustavo Fantini leu em voz alta uma carta escrita por ela e entregue a ele em setembro. “O meu erro mais acertado foi pegar o Bruninho e cuidar como se fosse meu filho, porque a intenção do Macarrão era mesmo matar Eliza e o menino”, diz o texto da ex-mulher de Bruno.
Dayanne também confirmou alguns dos detalhes macabros da execução de Eliza Samudio. Quando Fantini perguntou se ela acreditava que Eliza poderia estar viva, respondeu: “Como é que alguém que foi estrangulado, teve o corpo picado e jogado aos cães pode estar vivo?”, disse.
Ainda segundo Dayanne, pouco antes da prisão, Bruno teria se reunido com a família e dito que “estava tudo acabado” e que ele seria preso. O goleiro pediu aos familiares que cuidassem de sua avó paterna Estela Santana, de 79 anos, e que não deixassem que a mídia massacrasse a idosa.
Macarrão, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, e Fernanda Gomes Castro não participam da audiência desta segunda-feira. Bruno e os outros três réus que não foram chamados para a audiência hoje devem ser intimados ao longo da semana. As próximas audiências para interrogatório dos acusados acontecem de hoje até quarta-feira, previsão para que todos os oitos acusados prestem depoimento à Justiça.
Dayanne chegou ao Fórum de Contagem pouco depois das 8h. Junto com ela foram levados para a audiência Elenílson Vitor da Silva, Wemerson Marques de Souza, Flávio Caetano Araújo e Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro. Sales é o depoimento mais aguardado, pois, até o momento, foi o único réu a colaborar com as investigações. A audiência é presidida pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues.