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Ex-estudante é condenada a 17 anos por mandar matar o pai

Crime aconteceu em agosto de 2010; objetivo era dar um golpe no seguro de vida e lucrar R$ 1,2 milhão

Por Da Redação
11 fev 2014, 08h10

A ex-estudante de Direito Érika Passarelli, de 29 anos, foi condenada a 17 anos de prisão em regime fechado por planejar a morte do próprio pai. O crime aconteceu em agosto 2010. A decisão judicial foi anunciada na madrugada desta terça-feira no Fórum de Itabirito, em Minas Gerais.

Mário José Teixeira Filho, de 50 anos, pai de Érika, foi encontrado morto com três tiros na cabeça dentro de um carro, em uma estrada da cidade de Itabirito. O crime aconteceu no dia 5 de agosto de 2010. A polícia descobriu que Teixeira Filho era estelionatário foragido da Justiça e aplicava golpes na capital Belo Horizonte com a ajuda da filha. De acordo com a acusação, Érika teria ordenado a morte do pai após uma briga. Antes da discussão, contudo, ambos planejavam um golpe: forjar a morte de Teixeira Filho e dividir o dinheiro de três apólices de seguro de vida contratadas por ele pouco antes do assassinato – e que, juntas, somariam 1,2 milhão de reais. Após relatar a morte de Teixeira Filho, os dois planejavam encontrar um corpo qualquer para apontar como sendo o dele. A única beneficiária dos seguros era Érika. Á época, ela era estudante de Direito e receberia o valor em dinheiro das seguradoras e dividiria com o pai.

A investigação da polícia aponta que ela contou com a ajuda do então namorado Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz e do sogro, cabo da Polícia Militar Santos das Graças Alves Ferraz, para executar o pai. Ainda, de acordo com a polícia, os prêmios não chegaram a ser pagos. Eles são acusados de envolvimento no caso e serão julgados futuramente, ainda não há data para a audiência. Érika foi condenada por homicídio duplamente qualificado, motivo torpe e dissimulação.

No início do julgamento, três testemunhas de defesa foram ouvidas. O corretor que fez o seguro de vida do pai de Érika, o padastro dela e um amigo da familia. Diante de sete jurados, sendo quatro homens e três mulheres, a defesa tentou desqualificar a investigação policial e demonstrar que a ex-estudante tinha um bom relacionamento com o pai e que ele tinha muitos inimigos.

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Durante o interrogatório, ela negou as acusações e se recusou a responder as perguntas do Ministério Público. O depoimento da acusada durou pouco mais de três horas. O promotor argumentou pela participação da ré como mandante da morte do pai. Já a defesa conduziu o debate na tentativa de convencer os jurados de que não havia provas suficientes para a condenação. Depois de 17 horas de julgamento, os jurados decidiram pela condenação. A defesa entrou com um recurso de apelação e vai aguardar a decisão do Tribunal de Justiça sobre a realização de um novo julgamento.

Ao fim da sessão, Érika foi conduzida para a Penitenciária Feminina Estêvão Pinto, em Belo Horizonte, onde permanece presa.

Bordel – Érika foi presa pela primeira vez em março de 2012, em um bordel no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, ela trabalhava no local, usava nome falso e havia mudado a cor dos cabelos de loiro para preto. Enquanto estava foragida, ela chegou a ser filmada em uma praia do litoral do Espírito Santo durante o feriado de Semana Santa.

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