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Estupro coletivo no Rio: “Estamos perplexos”, diz chefe da Polícia Civil

"Até para a polícia é chocante", diz Fernando Veloso. Segundo ele há "indícios veementes" de estupro coletivo, mas é preciso "evoluir na investigação". Prisão de suspeitos ainda está sendo avaliada

Por Da Redação 27 Maio 2016, 15h50

O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Fernando Veloso, se disse ‘perplexo’ com a barbaridade cometida por 33 traficantes do Morro da Barão, em Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade, que no último sábado praticaram um estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos. “Até para a polícia, que lida sempre com crimes há muitos anos, é chocante. Estamos perplexos com a capacidade do ser humano de cometer um crime como esse”, disse Veloso.

Quase 48 horas após a instauração do inquérito na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a polícia se manifestou pela primeira vez. Como a maior parte dos funcionários terceirizados foi demitida, em virtude da crise financeira do Estado, a entrevista coletiva foi realizada numa mesinha improvisada na cantina da Cidade da Polícia Civil – ninguém tinha a chave da sala de conferência para a imprensa.

Ao contrário do que fontes da cúpula da instituição haviam informado na véspera, o pedido de prisão de quatro suspeitos já identificados não foi feito por questões técnicas, apesar de já haver indícios da presença de dois deles na cena do crime (um deles fez selfie com ela desacordada). Os outros dois teriam cometido o crime de divulgar as imagens nas redes sociais, previsto no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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“Como pai, marido, também penso assim. Como ninguém está preso? Mas como técnico, delegado, sei que essas decisões são mais complexas. A conveniência pode acontecer mais rápido do que se imagina. Não vamos agir fora da lei. O trabalho de investigação é conseguir elementos para que essas pessoas sejam condenadas”, disse o chefe de Polícia.

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Veloso disse haver “indícios veementes de que houve estupro”, mas explicou que será necessário reunir o laudo do exame de corpo delito no IML e outros elementos para confirmar o enredo que envolveu o crime. “A investigação vai dizer ao final o que houve, se aconteceu naquele local ou em outro, mas precisamos evoluir a investigação”.

Alessandro Thiers, delegado responsável pelo caso, explicou porque ainda não reapresentou pela prisão temporária dos já identificados: “Não foi pedida a prisão ainda porque trabalhamos de forma técnica. A adolescente foi inquirida apenas uma vez e ainda estamos identificando a conduta de cada um”, disse o titular da DRCI.

Além da unidade de crimes pela internet, a Polícia Civil também mobilizou a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), que vai ajudar no caso.

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