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Estudo revela potencial ruptura de novas barragens em Mariana (MG)

Segundo levantamento feito a pedido da Justiça, 105 bilhões de litros seriam liberados caso as barragens que ficaram de pé se rompessem. Cerca de 40 bilhões de litros de rejeitos foram despejados na tragédia de novembro

Por Da Redação
20 jan 2016, 08h36
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  • Um estudo feito pela mineradora Samarco a pedido da Justiça considera a possibilidade de rompimento das barragens de Santarém e Germano, as únicas que ficaram de pé em Mariana (MG), após a tragédia em 5 de novembro que aniquilou o distrito de Bento Rodrigues. Segundo o jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira, o levantamento estima que seriam liberados 105 bilhões de litros de rejeitos em caso de novos rompimentos.

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    Quando a barragem de Fundão se rompeu, avalia-se que 40 bilhões de litros de rejeitos de minério foram despejados da estrutura. O volume foi suficiente para riscar do mapa Bento Rodrigues e devastar a fauna e a flora da Bacia do Rio Doce – a quinta maior bacia hidrográfica brasileira. O “mar de lama” chegou ao Oceano Atlântico, ameaçando ainda o recife de corais de Abrolhos, que possui a maior biodiversidade do Brasil.

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    As estruturas de Germano e Santarém foram danificadas após o rompimento da barragem de Fundão, mas a mineradora afirma que os reservatórios remanescentes estão “estáveis”. A empresa diz ainda que trabalha para reforçá-los até o fim de fevereiro.

    No documento obtido pela Folha, cinco possibilidades foram avaliadas, mas todas levam em conta que a barragem de Santarém, que armazena água para a produção mineral e fica mais próxima de Bento Rodrigues, transborde ou se rompa. O pior cenário supõe que isso aconteceria após a ruptura da barragem de Germano, que fica atrás de Santarém.

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    Também são exibidos cenários que chagariam, ao menos, até a hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga), a 109 quilômetros das barragens. Além do assoreamento e da mudança do curso de rios, foram levados em consideração também a destruição de áreas de preservação ambiental, o que acabaria com a vida animal, interromperia os fornecimentos de água e luz e inundaria propriedades urbanas e rurais.

    As previsões indicam que a lama chegaria em dez minutos ao local onde antes morava o povoado de Bento Rodrigues, que hoje está completamente submerso pela lama de Fundão. O município de Barra Longa, a 77 quilômetros de distância, seria atingido após 11 horas, intervalo próximo ao do dia da tragédia.

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    A consultoria Pimenta de Ávila, que fez o estudo, pede que a Samarco cadastre as habitações que podem ser atingidas, a fim de facilitar a evacuação. Ela pede também que a mineradora elabore um novo plano de emergência para as barragens. O Ministério Público de Minas Gerais vai solicitar que a Justiça determine as medidas. Conforme a mineradora informou ao jornal, o plano já está em “fase de elaboração de escopo para a contratação de empresa especializada”.

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    (Da redação)

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