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Estudo mostra que latino-americanos bebem menos álcool que europeus e norte-americanos

Por Pedro Rey
24 Maio 2012, 15h52

Nove países latino-americanos consomem menos álcool do que a Europa e a América do Norte, revelou a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso) em um relatório apresentado em ocasião da 65ª Assembleia Mundial da Saúde, principal órgão decisório da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada esta semana em Genebra.

A pesquisa foi feita com base em pesquisas de porta em porta em Brasil, El Salvador, República Dominicana, Costa Rica, Peru, Nicarágua, Venezuela, México e Colômbia e é um trabalho independente sobre padrões de consumo de álcool nos países mencionados, representativos da região latino-americana.

A Flacso, com sede na Costa Rica, foi criada em 1957 com apoio financeiro intergovernamental da América Latina e da Unesco, organização das Nações Unidas para a Ciência, a Cultura e a Educação.

No momento, as conclusões da Flacso mostraram como resultado que seis em cada dez pessoas entre os 18 e os 65 anos consomem álcool nos países latino-americanos pesquisados, levando em consideração “que beberam, pelo menos, uma taça no último ano”, informou à AFP o coordenador do estudo, Carlos Sojo.

O consumo per capita médio durante um ano nos nove países citado é, segundo a Flacso, de 5,5 litros de álcool puro (8,9 para os homens e 2,3 para as mulheres).

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Esta cifra é inferior à média de 6,7 litros anuais atribuídos pela OMS aos mesmos países, mas em um cálculo feito apenas com números de venda de bebidas alcoólicas, não por entrevistas pessoais.

Estes números da OMS demonstram que o consumo da população adulta na Europa é de 13 litros de álcool por ano e por pessoa, enquanto nos Estados Unidos o nível é de 9,4 litros, e no Canadá, de 9,8 litros, acrescentou a FLACSO.

A Flacso espera ampliar seu raio de investigação em 2012 para outros cinco países latino-americanos: Honduras, Guatemala, Panamá, Equador e Argentina.

Considerando as disparidades entre os nove países pesquisados, a Flacso acrescentou que 74,5% de seus moradores consomem “pouco ou nada de álcool”, ao mesmo tempo em que dos 25% restantes, 20% constituem uma população em alto risco de fazê-lo em grandes doses, embora ocasionalmente, ficando os 5% restantes em risco alto de beber muito a longo prazo.

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“É necessário desenvolver políticas públicas baseadas na informação, o que estamos fazendo na Flacso, para que se possa combater o consumo nocivo” no segmento de alto risco, disse Sojo.

A prioridade são “os 5% de pessoas que bebem diariamente entre quatro doses (mulheres) e seis (os homens), o que é nocivo para a saúde”, afirmou Carlos Sojo.

“Em termos de prevalência de consumo de bebidas alcoólicas, ao menos uma vez nos últimos 12 meses, a situação da América Latina mostra uma prevalência inferior às da Europa, Estados Unidos e Canadá”, acrescentou Sojo.

Segundo informações da OMS, a Flacso abordou a pesquisa com o rigor sociológico da objetividade, condição aceita pela organização “Cervejeiros Latino-Americanos”, sem fins lucrativos, que reúne a indústria de cerveja do continente e financiou o trabalho, informou à AFP seu secretário-geral, José Manuel Juanatey, presente na assembleia.

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A 65ª Assembleia Geral da OMS foi inaugurada na segunda-feira em Genebra e será celebrada até 26 de maio com, com a participação de 3.000 pessoas de 178 países (de um total de 194 Estados-membros da OMS).

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