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Escritor britânico Christopher Hitchens morre aos 62 anos

Por Por Arthur MacMillan
16 dez 2011, 11h50

O renomado e polêmico escritor britânico Christopher Hitchens, cujos alvos preferidos iam de Deus e Madre Teresa até Henry Kissinger, faleceu aos 62 anos após 18 meses de uma batalha contra o câncer.

Hitchens iniciou sua carreira em Londres, mas se mudou para os Estados Unidos em 1981, atraindo muito sucesso por sua prosa elegante e visão sincera acompanhada de uma atitude arrogante.

A Vanity Fair, para a qual Hitchens trabalhou nos últimos 19 anos, afirmou que o escritor morreu na quinta-feira de pneumonia, uma complicação de seu câncer de esôfago, no Centro de Câncer MD Anderson, em Houston, Texas, com amigos a seu lado.

Em um anúncio on-line, a revista o descreveu como um “crítico incomparável, retórico magistral, ardorosamente sagaz, e um bon vivant sem medo”.

“No fim, Hitchens era mais engajado, implacável, hilário, observador e inteligente do que todos os outros, como ele foi nas últimas quatro décadas”, afirma.

“Que os seus 62 anos de vida tão bem vividos, consolem os muitos de nós que sentirão muito a sua falta”.

Hitchens, que viveu em Washington desde 1982, foi diagnosticado com câncer em junho de 2010 e posteriormente se submeteu à quimioterapia.

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O escritor descobriu sobre sua doença pouco depois de publicar “Hitch-22”, um livro de memórias que documentou uma grande carreira na qual ele se tornou famoso por fumar e beber muito enquanto, ao mesmo tempo, produzia incontáveis artigos e livros.

O câncer roubou a voz e o cabelo de Hitchens, mas ele continuou a documentar sua saúde declinante em sua coluna na Vanity Fair.

“Meu principal consolo neste ano de viver morrendo tem sido a presença de amigos”, escreveu na edição publicada em junho de 2011″.

Salman Rushdie, apoiado por Hitchens quando o líder supremo do Irã, Aiatolá Khomeini, pronunciou uma sentença de morte contra ele por supostamente insultar o Islã em seu livro “The Satanic Verses”, homenageou o escritor no Twitter.

“Adeus, meu amigo querido. Uma grande voz se cala. Um grande coração para. Christopher Hitchens, 13 de abril de 1949, 15 de dezembro de 2011”, escreveu.

Graydon Carter, que contratou Hitchens depois de se tornar editor da Vanity Fair, em 1992, afirmou que o britânico era um “homem de apetite insaciável – para cigarros, para scotch, para boa escrita, e acima de tudo, para conversas”.

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“Você seria duramente pressionado para encontrar um escritor que juntasse o volume de colunas requintadamente trabalhadas, ensaios, artigos e livros que ele produziu nas últimas quatro décadas”, escreveu Carter em um tributo on-line.

O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, que trabalhou para Hitchens como estagiário, afirmou que o escritor era “tudo o que um grande ensaísta deve ser: irritante, brilhante, altamente provocador e, ao mesmo tempo, intensamente sério”.

“Sua falta será muito sentida por todos os que valorizam fortes opiniões e ótima escrita”, acrescentou Clegg.

Mas em um lembrete de que Hitchens, um ateu declarado, ofendeu possivelmente tantas pessoas quanto encantou, a Ordem dos Missionários da Caridade da Índia afirmou que rezará por sua alma, apesar de sua postura agressiva contra sua fundadora e prêmio Nobel da Paz, Madre Teresa.

Ele deixa uma esposa, a escritora americana Carol Blue, e três filhos, dois deles de um casamento anterior.

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