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Equívocos em projeto faz escola no Amapá ferver

Por Bruno Paes Manso Amapá – Depois de dez anos sem fazer uma escola nova, o governo do Amapá decidiu construir quatro novos prédios de uma vez em 2008. Um deles, no bairro Marco Zero, local cruzado pela linha do equador e atração turística da cidade, ajudaria a diminuir a falta de vagas nos bairros […]

Por Da Redação
Atualizado em 19 jul 2016, 13h52 - Publicado em 12 out 2011, 11h15
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  • Por Bruno Paes Manso

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    Amapá – Depois de dez anos sem fazer uma escola nova, o governo do Amapá decidiu construir quatro novos prédios de uma vez em 2008. Um deles, no bairro Marco Zero, local cruzado pela linha do equador e atração turística da cidade, ajudaria a diminuir a falta de vagas nos bairros alagados e pobres do entorno. Os prédios começaram em setembro daquele ano. Hoje, apenas um deles está pronto, a um custo de R$ 4,5 milhões, duas vezes mais que uma escola em São Paulo.

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    Mas esse preço salgado, quase uma regra no Estado, não foi o maior problema. O defeito principal estava no projeto da Escola Estadual Nanci Nina Costa, que não levou em conta as altas temperaturas de Macapá, que ultrapassam os 35 graus e fazem as salas de aulas ferverem. Alunos e professores convivem em classes onde a sensação térmica vai de 43 a 45 graus. O erro de projeto só foi descoberto quando os 2.200 alunos passaram a se amontoar e a passar mal com o calor, em turmas de 45 a 50 crianças por sala.

    “Quem fez o projeto foi a Secretaria de Infraestrutura e nós só executamos. Era preciso haver janelas cruzadas, que permitissem ao vento circular entre as classes. Também seria necessários equipamentos para climatização das salas, que não foram instalados. O pior é que as outras três escolas ainda não concluídas foram feitas com projetos iguais”, resume o construtor Ubiracildo Macedo, dono da Elos Engenharia, responsável pela obra.

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    Aulas mais curtas

    A solução encontrada pelo diretor da escola, Kleber Martins, foi reduzir o tempo das aulas de 50 para 35 minutos, para diminuir o sofrimento com o calor. Só que a medida não foi suficiente.

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    O jeito é dar aula nos pátios e corredores, mesmo sem quadro negro, o que resulta em imensa desordem que atrapalha as aulas. “O Paulo Freire já dizia que o professor pode dar aulas embaixo da sombra de uma árvore e é o que estamos tentando fazer. Mas fica difícil. Por causa dos desvios de anos com a corrupção, o dinheiro não vem. Falta quadro-negro, mesa para professor, móveis para refeitório e biblioteca, elevador para cadeirantes, o que transforma a tarefa de ensinar e aprender muito complicada”, acrescenta.

    O poço do elevador, projetado para atender os alunos com problema de locomoção, viraram depósitos. Quatro estudantes cadeirantes, ali matriculados, precisam ser carregados até as salas no piso superior.

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    No inquérito da Operação Mãos Limpas, a pasta da Educação é apontada como um dos alvos preferenciais do esquema de desvio de recursos públicos no Amapá.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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