Empresário relata drama ao tentar resgatar sobrevivente em avião
Dono de pousada que ajudou na tentativa de resgate é o primeiro a depor sobre o caso; ‘não estou mais aguentando’, gritava jovem que resistiu à queda
Por Leslie Leitão
20 jan 2017, 14h20
A massoterapeuta Maira Panas (à dir.),, que sobreviveu à queda, mas morreu afogada (Reprodução/Facebook)
A Polícia Civil começou a ouvir as primeiras testemunhas da queda do avião que matou o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), e outras quatro pessoas. O primeiro a prestar depoimento foi Elias Ramos Lima, dono da pousada Ilha Rasa, que fica a menos de 200 metros do local. Ele participou das primeiras tentativas de resgate dos tripulantes e relatou momentos dramáticos vividos dentro da água.
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Elias disse que estava na sua agência de turismo quando foi avisado por uma prima, às 14h19, do acidente. Imediatamente, ele e um funcionário pegaram uma lancha e entraram no mar para tentar ajudar. O empresário viveu, então, momentos de angústia. A jovem Maíra Panas, de 23 anos, uma das passageiras, estava viva. E gritava por ajuda. Dois bombeiros tentavam uma maneira de furar a fuselagem do avião para entregar ao menos um cilindro de oxigênio. “Só dava para ver a mão dela batendo no vidro. Mas a gente conversava. Ela gritava por socorro. Me ajuda, pelo amor de Deus. Não estou mais aguentando”, lembra.
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Os bombeiros e os próprios voluntários que entraram no mar para ajudar tentaram, primeiro, quebrar o vidro. Depois, tentaram abrir a porta, mas, como praticamente toda a aeronave estava submersa, não conseguiram: “Usamos pé de cabra, faca, machado, tudo, mas não conseguimos quebrar a fuselagem. Teve uma hora que o bombeiro cravou a faca e ela segurou, no desespero. Isso ficou uns 40 minutos. Quando conseguimos tentar passar o oxigênio, ela já não respondia mais. Por um ou dois minutos não conseguimos salvá-la”, diz Elias, se ficou com algumas partes do corpo queimadas em virtude do querosene dentro d’água.
O inquérito foi instaurado pela 167ª Delegacia de Polícia (Paraty): “Vamos ouvir as testemunhas nessa fase inicial e aguardar maiores detalhes dos relatórios da perícia e do próprio Cenipa (órgão da Aeronáutica que investiga acidentes)”, explicou o delegado Uriel Alcântara.
Além de Elias e dos bombeiros que participaram do resgate, a Polícia Civil pretende ouvir testemunhas que viram o momento exato da queda para esclarecer que tipo de fumaça também havia ao redor da aeronave nos segundos que precederam a queda na água. Paralelamente, a Polícia Federal também instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da queda do avião. Uma equipe enviada pelo Ministério da Justiça também acompanha a perícia.
1/13 Equipes fazem buscas após acidente aéreo de avião prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, em Paraty, no litoral sul do Rio, na manhã desta sexta-feira (20). O ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava Jato, morreu no acidente. (Bruno Kelly/Reuters)
2/13 Equipes fazem buscas após acidente aéreo de avião prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, em Paraty, no litoral sul do Rio, na manhã desta sexta-feira (20). O ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava Jato, morreu no acidente. (Bruno Kelly/Reuters)
3/13 Equipes fazem buscas após acidente aéreo de avião prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, em Paraty, no litoral sul do Rio, na manhã desta sexta-feira (20). O ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava Jato, morreu no acidente. (Bruno Kelly/Reuters)
4/13 Equipes fazem buscas após acidente aéreo de avião prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, em Paraty, no litoral sul do Rio, na manhã desta sexta-feira (20). O ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava Jato, morreu no acidente. (Bruno Kelly/Reuters)
5/13 Equipes fazem buscas após acidente aéreo de avião prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, em Paraty, no litoral sul do Rio, na manhã desta sexta-feira (20). O ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava Jato, morreu no acidente. (Bruno Kelly/Reuters)
6/13 Aeronave cai em Paraty (RJ). O ministro do STF Teori Zavascki, estava na lista de passageiros (Twitter/Reprodução)
7/13 Teori Zavascki, ministro do STF, morre em acidente de avião em Paraty (Sônia Barcelos/Arquivo pessoal)
8/13 Teori Zavascki, ministro do STF, morre em acidente de avião em Paraty (Marinha/Divulgação)
9/13 Teori Zavascki, ministro do STF, morre em acidente de avião em Paraty (André Barcinski/Folhapress)
10/13 Equipes fazem buscas após acidente aéreo de avião prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, em Paraty, no litoral sul do Rio, na tarde desta quinta (19). O ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava Jato, morreu no acidente (André Barcinski/Folhapress)
11/13 Aeronave cai em Paraty (RJ). O ministro do STF, Teori Zavascki, estava na lista de passageiros (/Reprodução)
12/13 Aeronave cai em Paraty (RJ). O ministro do STF Teori Zavascki, estava na lista de passageiros (/Reprodução)
13/13 Modelo Hawker Beechcraft King Air C90, semelhante ao que estava Teori Zavascki (Beechcraft/Divulgação)
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VEJA Mercado – quinta, 15 de agosto
O rali inesperado da bolsa e entrevista com Evandro Bertho
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta quinta-feira, 15. Falas importantes de diretores do Banco Central reforçaram a mensagem de que os juros podem subir no Brasil muito em breve. Em evento da Warren Investimentos, o diretor de política monetária e nome mais cotado para a presidência da autarquia em 2025, Gabriel Galípolo, afirmou que a ata da última reunião está na mesa e que o custo de perseguir a meta de inflação pode ser maior ou menor, mas que o BC não irá desviar de seu objetivo. Já Diego Guillen, diretor de política econômica, afirmou em palestra que todos os diretores concordam que existem mais riscos para alto do que para baixo. Os contratos de juros futuros indicam uma probabilidade grande de o Copom aumentar a taxa Selic, embora muitos economistas ainda desconfiem desse cenário. Nos mercados, o Ibovespa embalou sua sétima sessão consecutiva em alta e bateu os 133 mil pontos, muito próximo da máxima nominal de pontos do principal índice da bolsa de valores brasileira. Diego Gimenes entrevista Evandro Bertho, sócio-fundador da Nau Capital.
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