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Empresário pivô de esquema que afastou Witzel vai para prisão domiciliar

Decisão do presidente do STJ, Humberto Martins, se baseou em problemas de saúde de Mário Peixoto dentro de prisão no Rio de Janeiro

Por Cássio Bruno, Marina Lang
12 jan 2021, 19h48

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, concedeu liminar de prisão domiciliar ao empresário Mário Peixoto, alvo da Polícia Federal e do Ministério Público Federal na Operação Tris In Idem. A ação, desencadeada em agosto, levou ao afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). A decisão foi dada nesta segunda-feira, 11, e será publicada amanhã no Diário Oficial do STJ. 

A liminar de Martins, a que VEJA teve acesso, se baseou no fato de o empresário ter 62 anos e estar com um problema urinário – que se agravou na prisão e que foi detectado em exames clínicos no hospital do sistema prisional. A necessidade de mais exames fez com que o ministro do STJ concedesse a prisão domiciliar mediante sete condições, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e saída apenas para tratamento de saúde. 

“Ressalte-se ainda que o requerente é pessoa idosa e, por isso mesmo ,especialmente vulnerável à contaminação pela Covid-19. Ante o exposto, defiro o pedido formulado pelo requerente Mário Peixoto para converter a prisão preventiva em domiciliar”, escreveu Martins. 

Peixoto é suspeito de ser um dos principais operadores de um esquema de corrupção na gestão da Secretaria Estadual de Saúde durante a construção de hospitais de campanha na pandemia do coronavírus. O MPF aponta que as unidades de saúde eram geridas por Organizações Sociais (OSs) controladas por laranjas supostamente ligados ao empresário. Peixoto aparece na delação pelo ex-secretário da pasta Edmar Santos. 

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“Que é o grupo (de Mário Peixoto) o mais importante e que detém mais poder no Estado; Que Wilson Witzel atribui a sua vitória eleitoral a Mário Peixoto; que a interlocução de Witzel com Peixoto se dava por meio de Lucas Tristão (ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico e também preso), que era pessoa de confiança de ambos; que, segundo relatos de Edson Torres (operador financeiro de pastor Everaldo, presidente afastado do PSC, e outro detido), duas pastas tinham muita influência de Mário Peixoto: Educação e Ciência e Tecnologia; que o secretário de Educação é Pedro Fernandes e, o de Ciência e Tecnologia, Leonardo Rodrigues”, diz um dos trechos da delação no documento do MPF que levou à prisão do empresário.

Em entrevista exclusiva a VEJA por escrito em 31 de maio do ano passado, Mário Peixoto negou as acusações: “No meu entendimento, está muito claro que existe um pano de fundo político nesse caso. O distanciamento político do governador com o presidente (Jair Bolsonaro) criou um cenário propício (tempestade perfeita) para que eu, que sou tido como apoiador de sua candidatura desde seus claudicantes 2% de intenção de voto (na eleição de 2018), fosse usado como instrumento para atingir politicamente o governador do estado do Rio de Janeiro”, escreveu.

 

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