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Empreiteiras dizem que pagamentos a consultoria de José Dirceu eram propina, diz jornal

Valores seriam descontados de dinheiro desviado da Petrobras para alimentar o PT, segundo a "Folha de S. Paulo"

Por Da Redação
22 mar 2015, 09h39
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  • Empresários e representantes de construtoras envolvidas no escândalo de desvios da Petrobras, investigado pela operação Lava Jato, da Polícia Federal, afirmaram que os valores pagos à empresa de José Dirceu a título de consultoria eram na verdade propina do esquema de corrupção. A informação foi publicada em reportagem do jornal Folha de S. Paulo deste domingo.

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    Uma das revelações foi feita, segundo o jornal, pelo presidente da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, que está preso em Curitiba. Ele afirmou que os pagamentos a Dirceu eram descontados das comissões que a construtora devia ao esquema, que correspondiam a 2% do valor dos contratos da companhia com a Petrobras. O executivo afirmou ainda que João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, autorizava que os valores pagos a Dirceu fossem descontados dos recursos desviados da diretoria de Serviços da Petrobras. Um representante da Camargo Corrêa, por sua vez, acrescentou que a construtora só contratou a consultoria de Dirceu porque temia que o ex-ministro prejudicasse seus negócios com a Petrobras caso se recusasse a pagar a propina.

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    Dirceu começou a ser investigado na Operação Lava Jato porque a Polícia Federal e o Ministério Público Federal constataram que ele faturou pelo menos 8 milhões de reais de grandes empreiteiras do clube do bilhão, o cartel que fraudava contratos da Petrobras e pagava propina a políticos e partidos. A polícia investiga se os pagamentos eram propina ou recompensas pela influência do petista no governo Lula e Dilma Rousseff. A análise da movimentação financeira de Dirceu mostrou que ele recebia pagamentos não só das construtoras ligadas ao esquema de corrupção mas de diversas outras empresas com negócios regulados pelo governo federal. No total, a JD Assessoria e Consultoria faturou 29,2 milhões de 2006 a 2013 de cinquenta empresas.

    Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa no mensalão, Dirceu cumpre pena em regime domiciliar. Além da reclusão, a Justiça determinou que ele devolvesse 920.700 reais aos cofres públicos como multa. Mas, apesar de continuar recebendo dinheiro atrás das grades, ele não precisou colocar a mão no bolso: uma “vaquinha” feita por quase 4.000 simpatizantes do mensaleiro arrecadou mais de 970.000 reais.

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