Em megaoperação, PF apreende imóveis em ilha na Bahia
Pelo menos dezoito pessoas foram presas em ação de combate a fraudes ao Fisco. Esquema investigado teria desviado 1 bilhão de reais em impostos sonegados
Ao menos dezoito pessoas foram presas pela polícia Federal nesta quarta-feira, durante a Operação Alquimia, que tem como objetivo combater fraudes ao Fisco. Além dos 31 mandados de prisão, os agentes apreenderam bens de 62 pessoas e 195 empresas. Até mesmo propriedade em uma ilha na Bahia foi confiscada, de acordo com a assessoria de imprensa da Receita Federal, parceira da PF na operação. A ilha de 20 quilômetros quadrados é localizada na baía de Todos os Santos e abriga casas de luxo dos principais mentores do esquema.
Foram apreendidos também barcos, lanchas, carros, imóveis, aviões e outros bens de luxo. A ação, em parceria com o Ministério Público e a Receita Federal, já é considerada uma das maiores da história da PF e investiga 300 empresas. Para tanto, foram deslocados 600 agentes.
A operação tem foco em três estados: Bahia, São Paulo e Minas Gerais. Seus resultados, porém, atingem outros: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Piauí e Sergipe, além do Distrito Federal. Os envolvidos praticavam crimes de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e formação de quadrilha.
As empresas investigadas teriam desviado 1 bilhão de reais em impostos sonegados. As fraudes incluem não só empresas brasileiras como também internacionais, algumas com sede nas Ilhas Virgens Britânicas. Das companhias investigadas, pelo menos 50 seriam de fachada.