Em Manaus, Clinton critica construção de hidrelétricas na Amazônia
Segundo ele, "é preciso pensar nos indígenas, nos animais, nas plantas"
O ex-presidente americano Bill Clinton voltou a apontar a emissão de gases poluentes como principal causa de futuras catástrofes ambientais no mundo. Em Manaus para o Fórum Mundial de Sustentabilidade, Clinton criticou, sobretudo, as matrizes energéticas poluentes, como o petróleo.
O democrata afirmou que o Brasil deve assumir a liderança na geração de energia limpa. “O mundo precisa de vocês para enfrentar este projeto. Pensem nisso”, pediu Clinton em um auditório lotado de políticos, empresários e ecologistas.
Apesar de apoiar na construção de hidrelétricas como forma de energia alternativa, ele condenou a construção de usinas na Amazônia. “É preciso pensar na população indígena, nos animais, nas espécies de plantas que podem ter a cura para doenças”, disse .
O político americano afirmou que a fundação que preside, denominada Clinton Iniciative, colabora na substituição de 84 mil lâmpadas de semáforos do Rio de Janeiro por outras que, segundo assegurou, duram 10 vezes mais e poluem menos. A fundação, segundo ele, também apoia a compra de ônibus e veículos híbridos e elétricos no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Bogotá, na Colômbia.
Presenças ilustres – O Fórum Mundial de Sustentabilidade, encerrado neste sábado, aconteceu pelo segundo ano na capital amazonense e contou com presenças ilustres, como a do cineasta James Cameron, diretor do filme Avatar, do governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, do presidente do grupo Virgin, Sir Richard Branson e do diretor de Sustentabilidade das Olimpíadas de Londres 2012, Dan Epstein.
A construção da hidrelétrica de Belo Monte foi tema tratado por todos. Cameron, sobretudo, que disse se considerar um representante das tribos indígenas, criticou a obra.
(Com agência EFE)