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Em debate, Haddad ataca o governo Alckmin

Por Da Redação
6 mar 2012, 21h01

Por Daiene Cardoso

São Paulo – O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, elegeu hoje (06) o governo estadual do PSDB como foco de ataque em debate promovido pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo. Em mais de uma hora e meia de debate transmitido via internet, Haddad criticou a ação estadual na Cracolândia no início do ano e disse que o ritmo de ampliação da rede metroviária na cidade – de responsabilidade do governo Geraldo Alckmin – é lento. “Neste ritmo vamos levar 65 anos para ter um metrô equivalente ao da cidade do México, onde o problema do trânsito não está resolvido”, afirmou. De acordo com o petista, São Paulo constrói só 2 quilômetros de metrô por ano e, assim como no resto do País, paga mais caro do que em outros países para fazer as obras.

Na opinião do pré-candidato, é preciso pensar a cidade além da construção de metrô. “São Paulo não pode abdicar de um transporte multimodal”, analisou. Para ele, a gestão municipal também errou ao engavetar o projeto de criação de corredores de ônibus e não investir em construção de mais terminais e linhas de ônibus. “Não houve expansão de terminais nem de linhas, não houve investimento”, concluiu. Haddad observou que, com o aumento de renda, o cidadão acaba optando pelo carro por ser, apesar de mais caro, ainda mais rápido que o transporte público apesar dos congestionamentos diários.

Haddad também criticou a ação do governo estadual na Cracolândia, tradicional área da região central da cidade dominada pelo tráfico há mais de 20 anos e conhecida pelo consumo aberto de drogas. “Quem esperou 20 anos poderia esperar e conversar com o governo federal”, comentou Haddad. O petista reconheceu que o Estado precisava agir no local para reconquistar o espaço e atuar contra o tráfico de drogas. “Contudo, ele (governo estadual) deveria ser acompanhado de profissionais especializados e de saúde”, disse. De acordo com o pré-candidato, a ação descoordenada com o governo federal apenas “mudou o problema de lugar”.

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O petista, que já não espera mais pelo apoio do prefeito Gilberto Kassab, também atacou a atual gestão municipal por ter “abandonado” as políticas humanitárias destinadas à população de rua. Ao ser questionado sobre seus projetos para os moradores de rua, Haddad disse que, ao fechar albergues e realocar os moradores de rua para longe da região central, a prefeitura não conseguiu resolver o problema, pelo contrário, só aumentou a população nas ruas do centro. “Tínhamos um projeto de grande generosidade (na administração Marta Suplicy) e isso foi abandonado. Essa perspectiva humanitária foi abandonada”, avaliou.

O déficit de 174 mil crianças fora do atendimento de creches na capital paulista também não escapou das críticas de Haddad. Segundo o ex-ministro da Educação, a cidade não aproveitou “nenhum centavo” dos recursos disponíveis do governo federal para a construção de creches. “É o caso do prefeito de São Paulo”, alfinetou.

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