Ecovias: imprudência de motoristas causou acidente
José Carlos Cassaniga, diretor da concessionária, afirmou que empresa registrou excesso de velocidade na rodovia na hora do engavetamento
O diretor superintendente da concessionária Ecovias, que administra a Rodovia dos Imigrantes, afirmou em reunião da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que a causa do maior engavetamento já registrado na rodovia foi a imprudência de alguns motoristas. O acidente aconteceu no último dia 15 de setembro e deixou um morto e 51 feridos.
José Carlos Cassaniga foi ouvido pelos parlamentares em reunião extraordinária realizada nesta terça-feira. O representante da concessionária apresentou um relatório com os números do acidente e negou as acusações de que teria havido omissão por parte da empresa. “Não houve nenhum tipo de falha (por parte da Ecovias). Tudo que poderia ter sido feito tanto para prevenir o acidente quanto para o atendimento após o ocorrido foi feito”, disse.
O representante da concessionária mostrou imagens da colisão de quatro veículos pequenos registradas por câmeras de segurança. Segundo ele, essa colisão teria sido a primeira causa do engavetamento. “Nós ainda aguardamos os resultados da perícia e essas imagens foram encaminhadas para a autoridade que conduz o inquérito. Mas tanto o relato de testemunhas quanto nossos registros apontam que houve sim a imprudência de alguns motoristas”, afirmou. Entre os registros estariam casos de: excesso de velocidade para a condição climática, não manutenção de distância segura, ultrapassagens perigosas e paradas na pista com o trânsito em movimento.
Depoimentos – O superintendente descartou a possibilidade de fechar a Imigrantes em casos de condições climáticas adversas. Disse também que não é possível realizar a operação comboio para a subida da serra, uma vez que essa medida traria outros riscos para a segurança dos usuários. O acidente foi o maior da história da rodovia – segundo a Polícia Rodoviária Estadual, 250 veículos estavam envolvidos. A Ecovias diz que foram 103.
Ainda serão ouvidos pela Comissão de Transportes os depoimentos de representantes da Polícia Rodoviária e da Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).