Diretor-geral do TSE é exonerado do cargo
Gasto milionário com horas extras provocou exonerações no tribunal
O pagamento milionário de horas extras no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) provocou a exoneração do diretor-geral do órgão, Alcidez Diniz, nesta segunda-feira. Homem de confiança da presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, ele estava no comando da administração do TSE desde o início da atual gestão, em abril de 2012.
Dados do próprio TSE, obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, mostram um descontrole no pagamento de horas extras no período eleitoral de 2012. Só em novembro, o gasto com esses adicionais foi de cerca de 3,8 milhões de reais para pagamento dos 567 funcionários, que alegam ter dado expediente fora de hora. Entre setembro e novembro, essas horas extras totalizaram 9,5 milhões de reais. Somados aos salários, os valores adicionais permitiram a esse grupo de funcionários receber, no fim de novembro, mais do que os próprios ministros.
A secretária de Controle Interno e Auditoria do TSE, Mary Ellen Gleason Gomide Madruga, também foi exonerada. Na lista de beneficiários de horas extras, ela teria recebido 26 000 reais em novembro do ano passado.
(Com Estadão Conteúdo)