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Dilma se emociona ao falar sobre torturadores

Por Da Redação
22 jun 2012, 20h25

Por Tânia Monteiro

Rio – A presidente Dilma Rousseff se emocionou nesta sexta ao comentar que não conhece e não quis conhecer a identidade dos seus torturadores, lembrando que eles “não tinham nomes verdadeiros”, e que o havia, eram “elucubrações”.

Para Dilma, “a questão não é o torturador, mas é a tortura” e “o problema é em que condições a tortura é estabelecida e é operada”. Por isso, justificou, é que decidiu criar a comissão da Verdade, porque é preciso conhecer a história, para que todos tenham o compromisso a fim de não deixar jamais isso acontecer.

As afirmações da presidente Dilma se referiam a um depoimento dado no ano 2000, sobre as torturas sofridas quando esteve presa na prisão em Minas Gerais. “No passar dos anos, uma das melhores coisas que me aconteceu foi não me fixar nas pessoas, nem ter por elas qualquer sentimento, como disse no meu discurso, nem ódio, nem vingança, mas também tão pouco perdão”, comentou ela ao citar que não tem sentimento pessoal em relação a quem praticou atos de violência contra ela.

“Não há sentimento que se justifique contra este tipo ato. Há a frieza da razão. E a frieza da razão é não esquecer. E, por isso, nós criamos a comissão da verdade”, desabafou a presidente. “Vingar ou se magoar ou odiar é ficar dependente de quem você quer vingar, de quem você quer odiar ou magoar e isso não é um bom sentimento para ninguém”, prosseguiu.

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Para Dilma, é preciso “virar a página deste País”. E completou: “a verdade é isso. Não se esquece, mas não esquece do ponto de vista histórico, não do ponto de vista individual”.

A presidente encerrou o comentário sobre sua passagem na prisão, reconhecendo que entende a curiosidade de todos sobre aqueles momentos difíceis enfrentados por ela, mas lembrou que, durante a campanha presidencial, todos os dias respondia a perguntas sobre este tema.

Na semana passada, o jornal O Estado de Minas divulgou relatos da própria Dilma sobre sessões de tortura. Dilma confirmou ter passado por sessões no pau de arara, além de ter recebido choques e outras agressões que causaram até deformação. “As marcas da tortura sou eu. Fazem parte de mim”, disse. “O estresse é feroz, inimaginável. Descobri, pela primeira vez, que estava sozinha. Encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente pelo resto da vida”, declarou.

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