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Defesa diz que Cavendish ‘não tem o que falar’ na CPI

Por Da Redação
5 jul 2012, 18h22

Por Luciana Nunes Leal

Rio – Informado da convocação de Fernando Cavendish à CPI do Cachoeira, o advogado do empresário, Técio Lins e Silva, disse que “a comissão pode tudo, mas ele (Cavendish) não tem nada a ver com o fato determinado, que está relacionado apenas à regional Centro-Oeste da Delta”. Embora não tenha confirmado a intenção de pedir um habeas corpus preventivo ao STF, para que Cavendish possa ficar calado diante dos parlamentares, o criminalista disse que seu cliente “não tem nada a falar”.

Lins e Silva disse ter expectativa de que, antes de marcar a data do depoimento, a CPI volte atrás na convocação de Cavendish. “Vou torcer para que o equilíbrio e o bom senso prevaleçam na CPI e eles o dispensem do depoimento. Pode ser que eles vejam que é inútil, que é perda de tempo. Mas o que existe até agora é mera aprovação (da convocação), é uma declaração de intenção. Não há o que fazer no momento, nenhuma medida a tomar”, afirmou o criminalista.

A estratégia de defesa de Cavendish é transferir para o diretor regional da Delta no Centro – Oeste, Cláudio Abreu, a responsabilidade de dar explicações sobre uma possível participação da construtora no suposto esquema de corrupção e tráfico de influência comandado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

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“São fatos que ele ignora, ligados a pessoas que traíram a confiança da Delta”, diz Técio Lins e Silva. “Sabemos que na CPI há interesses políticos, alguns legítimos, outros subalternos. Ele não foi chamado até hoje à CPI não por estar protegido, mas porque não tem nada a ver. A disposição dele no momento é que não tem nada a falar porque não tem responsabilidade sobre o fato determinado. É preciso saber se vão explorar a dor e a desgraça que ele vive há um ano”, afirmou Lins e Silva.

O advogado refere-se ao episódio que tornou pública a amizade entre Fernando Cavendish e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Em junho do ano passado, um acidente de helicóptero matou sete pessoas no sul da Bahia, entre elas a mulher de Cavendish, Jordana Kfuri, o enteado do empresário, Luca, e a namorada de um dos filhos de Cabral, Mariana Noleto. O grupo participaria de uma festa promovida por Cavendish em um resort de luxo.

Lins e Silva reiterou que Cavendish não está ligado à administração da Delta e apenas preside o Conselho de Administração da empresa. “Os diretores regionais tinham absoluta autonomia”, afirmou o advogado, lembrando que o peso do Centro-Oeste nos contratos da Delta era de apenas 4%.

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