MORRERAM
Edwin Hawkins, cantor americano de gospel. Tornou-se famoso ao interpretar Oh Happy Day. Na infância, em sua cidade natal, Oakland, frequentava cultos cristãos, nos quais cantava e tocava piano. Em 1969, lançou o álbum Let Us Go into the House of the Lord, em que se destacava a música que o celebrizaria — autor do arranjo, arrebatou o Grammy de melhor canção gospel em 1970. Seria indicado dezenove vezes ao prêmio, faturando outros três. Hawkins sofria de câncer no pâncreas. Dia 15, aos 74 anos, na Califórnia.
Dolores O’Riordan, cantora irlandesa, líder da banda de rock The Cranberries, formada em 1989 e que emplacou vários sucessos na década de 90. Ganhou fama pela voz aguda que marcou hits como Linger (1993) — durante 24 semanas consecutivas a música figurou entre as 100 mais ouvidas no planeta. Nascida em Ballybricken, presenciou confrontos separatistas que assolavam o país. Em 1993, quando o IRA explodiu uma bomba em Warrington, na Inglaterra, vitimando duas crianças, ela sentiu-se particularmente tocada. Tal tragédia a inspirou a compor Zombie (1994), outro de seus sucessos. Na letra, Dolores condenava a ação. O grupo anunciou seu fim em 2003. Quatro anos depois, ela lançou Are You Listening?, o primeiro de dois álbuns-solo. Em 2017, os Cranberries se reuniram para fazer um disco acústico. Segundo pessoas próximas à cantora, ela morreu “de repente, numa gravação”. Dia 15, aos 46 anos, em Londres.
Ruy Faria, cantor fluminense, um dos fundadores do grupo MPB4. Nasceu em Cambuci e se mudou para Niterói a fim de estudar direito. Em 1964, ano de sua formação na Universidade Federal Fluminense, criou o quarteto, ao lado de Magro Waghabi (1943-2012), Miltinho e Aquiles. Ao longo de quarenta anos, lançou com os três amigos discos de sucesso, como De Palavra em Palavra (1971) e Canto dos Homens (1976), além de gravar com grandes nomes da música brasileira, como Chico Buarque, a quem acompanhou em Roda Viva (1967). Em 2004, deixou o MPB4. Dia 11, aos 80 anos, de falência de múltiplos órgãos, no Rio de Janeiro.
ANUNCIADA
a aposentadoria de Ronaldinho Gaúcho, 38 anos. Campeão mundial pela seleção em 2002, eleito duas vezes o melhor jogador do mundo, quando atuava no Barcelona, o craque revelado pelo Grêmio entrou em campo pela última vez em setembro de 2015, com a camisa do Fluminense. Seu irmão e empresário, o ex-jogador Assis, afirmou ao jornal O Globo que Ronaldinho fará um jogo de despedida depois da Copa da Rússia. Dia 16, no Rio.
Publicado em VEJA de 24 de janeiro de 2018, edição nº 2566