Cunha reafirma que não renunciará: “Pode pressionar”
" Podem retirar apoio, fazer o que quiserem. Tenho amplo direito de defesa", diz presidente da Câmara, em entrevista por telefone
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a afirmar, em entrevista por telefone à Globonews, que não renunciará à presidência da Casa, mesmo com os desdobramentos das investigações sobre contas bancárias atribuídas a ele na Suíça e o anúncio feito pelo PSOL de que pedirá a cassação do mandato do peemedebista. “Pode pressionar, eu não renuncio. Sem a menor chance. Podem retirar apoio, fazer o que quiserem. Tenho amplo direito de defesa. Não podem me tirar”, afirmou Cunha. Ele disse ainda que um eventual processo de cassação deve ter início “de qualquer jeito”, mas que “leva um tempo”.
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Documentos enviados pelo Ministério Público suíço à Procuradoria-Geral da República (PGR) no Brasil indicam que um negócio de 34,5 milhões de dólares fechado em 2011 pela Petrobras, em Benin (África), serviu para irrigar quatro contas na Suíça cujos beneficiários são o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e sua mulher, Cláudia Cordeiro Cruz. Os documentos enviados pelas autoridades suíças à PGR indicam que as quatro contas receberam, nos últimos anos, repasses de 4,8 milhões de dólares e 1,3 milhão de francos suíços, que somados equivalem a 23,2 milhões de reais.
Em nota divulgada na sexta-feira, advogados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmam que o parlamentar não foi notificado nem teve acesso a qualquer procedimento investigativo que tenha por objeto atos ou condutas de sua responsabilidade e questionam o vazamento de informações das investigações protegidas por sigilo.
(Com Estadão Conteúdo)