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Corregedoria indicia PMs por abusos na região do Pinheirinho

Catorze policiais da Rota são acusados de agredir, torturar e abusar sexualmente de moradores, em ação paralela à desocupação da área

Por Da Redação
25 jul 2013, 10h13

A Corregedoria da Polícia Militar indiciou catorze policiais militares da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) acusados de agredir, torturar e abusar sexualmente de moradores de São José dos Campos, em uma ação paralela à desocupação da área do Pinheirinho, uma das maiores reintegrações de posse feitas no país, ocorrida em janeiro 2012.

Os crimes, segundo inquérito policial militar que será enviado ao Ministério Público, ocorreram no bairro Campo dos Alemães, onde o 1º Batalhão de Choque da Rota fazia uma ronda, enquanto o resto da PM se concentrava no Pinheirinho. Entre os indiciados estão um tenente-comandante com 7 anos de carreira e um sargento, há 27 anos na polícia. Também estão envolvidos um cabo, dez soldados e um integrante do Centro de Operações da PM (Copom) de São José dos Campos.

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De acordo com a corregedoria, os policias entraram em uma casa onde estavam sete suspeitos (duas mulheres e cinco homens, sendo um deles menor de idade) de uso de drogas e porte ilegal de arma. Os PMs teriam coagido as vítimas para que apresentassem uma arma de calibre 12. Duas mulheres relatam que foram assediadas pelos policias. Os acusados dos crimes sexuais são o tenente e sargento. Um adolescente, então com 17 anos, alega ter sido empalado com um cabo de vassoura. Um laudo pericial confirmou a lesão na vítima.

Expulsão – Todo os PMs investigados poderão ser expulsos da corporação por crime de tortura, lesão corporal e violência sexual – os delitos poderão ser julgados pela Justiça comum ou pela militar, dependendo da conduta.

Apenas um dos policiais, que no começo disse que havia participado da ação, mas depois desmentiu, não foi indiciado, mas responderá por infração administrativa. Ele foi flagrado com uso de maconha em um exame toxicológico.

O soldado do Copom, que tratou o telefonema de uma das vítimas com desleixo, foi denunciado por prevaricação (deixar de realizar ato obrigatório). A reclamação ao Copom foi registrada uma semana depois dos crimes, ocorridos em 22 de janeiro de 2012, dia em que 2 000 policiais militares cumpriam decisão judicial de reintegração de posse e retiraram 8 000 famílias do terreno de 1,3 milhão de metros quadrados do investidor Naji Nahas.

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Segundo a corregedoria, todos os envolvidos foram afastados de suas funções para cargos administrativos desde o começo do inquérito. Não foi pedida prisão preventiva, segundo a PM, por eles não atrapalharem as investigações nem terem maus antecedentes.

Na versão dos PMs indiciados, eles observaram os suspeitos com atividade estranha na rua e entraram atrás deles na casa. Os suspeitos teriam admitido porte de drogas e arma e, por isso, foram presos.

(Com Estadão Conteúdo)

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