Depois dos bueiros voadores, Copacabana, bairro que é cartão-postal e campeão do melhor e do pior em matéria de turismo no Rio de Janeiro, adquiriu, nesta segunda-feira de sol, mais um feito digno de nota. Nas areias da praia mais famosa do Brasil foi encontrada uma granada, com pino, enterrada no trecho em frente ao Copacabana Palace.
O artefato foi encontrado por guardas municipais, que, ao identificar a peça, isolaram a área e chamaram a Polícia Civil. A granada foi recolhida pelo Esquadrão Anti-Bombas e levada para a 12ª DP (Copacabana).
A suspeita é de que a bomba seja velha e, talvez, até inofensiva. Mas não deixa de ser esdrúxulo o fato de, no momento em que é lançada a terceira campanha nacional pelo desarmamento, e que a cidade inteira passa por um processo de pacificação, uma área turística movimentada seja isolada pelo encontro de um armamento de guerra.
Granadas, fuzis e munição, no Rio de Janeiro, não são necessariamente desconhecidos da população. Desvios das forças armadas e tráfico internacional de armas entregam, aos traficantes de drogas encarapitados nos morros da cidade, todo tipo de material de combate, de pistolas e balas a metralhadoras antiaéreas.
Uma bomba na praia, no entanto, ainda era fato inédito na história da cidade. E, como tudo de bom e de ruim que acontece no território de Copacabana ganha repercussão imediata, o estrago está feito: a ‘Princesinha do Mar’ se aproximou, no quesito ‘risco de explosão’, às favelas do Rio.
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