A conta de água da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) ficará 15,24% mais cara a partir de junho. O reajuste extraordinário por causa da crise hídrica foi definido nesta segunda-feira pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp), que havia autorizado preliminarmente 13,8% de alta em março.
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Segundo a Arsesp, 7,78% do índice total são referentes à correção inflacionária e à atualização de um resíduo do reajuste anterior. Já 6,91% são referentes à revisão extraordinária da tarifa – por causa do aumento do custo da energia elétrica – e à queda de consumo de água, por causa da estiagem em 2014. Os novos valores poderão ser aplicados 30 dias após a publicação da deliberação no Diário Oficial do Estado, que deve ocorrer nesta terça-feira.
Em abril, a Sabesp manifestou publicamente que queria aumento de 22,7% na tarifa de água e esgoto para “garantir o equilíbrio econômico-financeiro” da companhia em meio à crise hídrica causada pela estiagem. “Precisamos atravessar 2015 sem rodízio, sem interrupção das obras e sem complicar mais a vida do consumidor”, justificou, na época, Rui Affonso, diretor econômico-financeiro e de relações com investidores da estatal. Por causa da crise, a Sabesp registrou queda de 6,7% na receita operacional, em relação ao ano anterior, e de 53% no lucro em 2014.
O último reajuste na conta da Sabesp foi de 6,5% e entrou em vigor no dia 27 de dezembro de 2014. O aumento, que seria de 5,4%, havia sido autorizado pela Arsesp em abril do ano passado, mas sua aplicação foi adiada por decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
(Com Estadão Conteúdo)