Cônsul da Alemanha no Rio é preso suspeito de matar o marido

Uwe Herbert Hahn havia dito que o companheiro, o belga Walter Henri Maximilien Biot, sofreu um mal súbito, mas laudo do IML apontou morte violenta

Por Da Redação Atualizado em 6 ago 2022, 22h23 - Publicado em 6 ago 2022, 21h38

Walter Biot (à esq.) e o e o cônsul da Alemanha, Uwe Herbert Hahn (Instagram/Reprodução)

Uwe Herbert Hahn, o cônsul da Alemanha no Rio de Janeiro, foi preso na noite deste sábado, 6, suspeito de ter matado o marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, de 52 anos. Ele havia dito que o companheiro sofreu um mal súbito um dia antes, bateu a cabeça e morreu, mas a autópsia apontou uma morte violenta, segundo informações do portal G1.

O casal estava junto havia 23 anos. O Samu foi chamado para socorrer Walter Biot na noite de sexta-feira, 6, em seu apartamento em Ipanema, mas o médico encontrou o belga já em parada cardiorrespiratória e com lesões no corpo, em especial na cabeça e nas nádegas. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e o laudo contrariou a versão do marido.

“A conclusão foi baseada na perícia técnica e a versão apresentada pelo cônsul de que a vítima se exasperou e caiu está na contramão das conclusões do laudo pericial. Ele aponta diversas equimoses, inclusive na área do tórax, que seria compatível com pisadura. Lesões compatíveis com agressão por instrumento cilíndrico. O cadáver grita as circunstâncias de sua morte”, disse ao G1 a delegada Camila Lourenço, da 14ª DP.

O corpo do marido do diplomata apresentava múltiplas lesões, como um traumatismo craniano provocado por uma lesão na nuca e machucados no rosto, peito, barriga, pernas e nádegas. Segundo a Polícia Civil, o apartamento foi limpado por uma secretária do cônsul, que alegou ter feito o serviço pois um cachorro do casal estaria lambendo poças de sangue.