Confronto entre polícia e manifestantes marca protestos em BH

A Tropa de Choque da Polícia Militar entrou em confronto com os manifestantes que fecharam, desde o início da tarde, a Avenida Antônio Carlos, em Belo Horizonte. De acordo com o jornal ‘O Estado de Minas’, militares usaram bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral para dispersar o grupo de cerca de 10 mil pessoas que marchava rumo ao estádio do Mineirão, onde foi realizada, nesta segunda-feira a partida entre Nigéria e Taiti, jogo que faz parte da Copa das Confederações. Depois que a ação da Polícia Militar começou, os jovens revidaram arremessando pedras e colocando fogo em alguns objetos na avenida.

De acordo com o jornal, a confusão começou em avenidas próximas à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Região da Pampulha, quando alguns jovens tentaram furar o bloqueio para subir a Avenida Abrahão Caram. Manifestantes colocaram um vídeo no Facebook mostrando correria depois do barulho de explosões na Avenida Antônio Carlos, também perto da universidade.

Os manifestantes protestam contra o preço do transporte público e contra a interferência da Federação Internacional de Futebol (Fifa) no país. Ainda de acordo com ‘O Estado de Minas’, inicialmente, eles foram barrados pelos militares depois de andar aproximadamente 4 quilômetros pela Avenida Antônio Carlos até a uma distância de 4,5 km do evento. Depois de novas negociações, os policiais autorizaram que eles seguissem até a Avenida Abrahão Caram, a 1,2 quilômetro do Mineirão.

Segundo ‘O Estado de Minas’, um manifestante ficou ferido após cair do Viaduto José Alencar, de uma altura de aproximadamente cinco metros. As autoridades ainda não confirmaram o incidente e não se sabe o que exatamente provocou a queda. Pelo menos três mil pessoas, a maioria estudantes, se concentraram na Praça Sete, no centro da capital mineira.

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O Tribunal de Justiça do estado acatou ação cautelar proposta pelo governo do governador Antonio Anastasia (PSDB) e proibiu manifestações que bloqueiem vias públicas, principalmente às do entorno do Mineirão. Foi fixada multa de 500 mil reais “para cada entidade sindical, em caso de descumprimento da ordem, e a todas e quaisquer outras entidades que aderirem à manifestação”, segundo nota da Justiça. A ação foi movida pelo estado de Minas Gerais alegando que os sindicatos, devido à realização da Copa das Confederações, “estariam dispostos a provocar tumultos nas vias urbanas e afrontar direitos coletivos, notadamente aqueles sobre a ordem e a segurança públicas”, informa a nota.

No estádio do Mineirão já estavam sendo realizados protestos de professores da rede estadual de ensino e de um grupo de estudantes.

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