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Comissão da Verdade vai investigar empresas

Coordenadora do grupo diz que documentos mostram que Monark, Volkswagen, Ford, Correios e Embraer colaboravam com organismos de repressão

Por Da Redação
17 jul 2013, 09h48

A Comissão Nacional da Verdade vai investigar empresas públicas e privadas que teriam colaborado com órgãos de repressão na ditadura. Se houver indícios de perseguições ou violações de direitos humanos, o grupo buscará caminhos jurídicos para que elas sejam responsabilizadas e paguem indenizações aos trabalhadores prejudicados.

A nova frente de atuação do grupo, criado para investigar a violação de direitos humanos no Brasil entre 1946 e 1988, foi anunciada na terça-feira por Rosa Cardoso, coordenadora da comissão, e por representantes de dez entidades sindicais, entre elas CUT e Força Sindical. Em reunião na sede da Presidência da República em São Paulo foi anunciada a criação do Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores, que será coordenado por sindicalistas.

“Temos documentos que mostram que empresas como Monark, Petrobras, CSN, Volkswagen, Ford, Correios e Embraer colaboravam com os organismos de repressão. Elas entregavam fichas de empregados ao Dops (Departamento de Ordem Política e Social). Vamos apresentar tudo isso no dia 22 em um ato que marcará os 30 anos da Greve Geral de 1983”, disse Luiz Carlos Prates, o Mancha, secretário nacional da Conlutas. O Dops era uma espécie de central de repressão da ditadura militar.

Segundo Rosa Cardoso, a comissão está estudando o caso de outros países que seguiram esse caminho. “Vamos fazer um levantamento das empresas a que se pode pedir reparação.” O colegiado vai estudar comissões de anistia da Argentina e Alemanha, onde empresas foram responsabilizadas por perseguir trabalhadores durante a ditadura e o regime nazista.

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Indenizações – O colegiado ainda estuda sugerir ao governo que altere os critérios de pagamento de indenizações da Comissão da Anistia a vítimas da ditadura. Os sindicalistas alegam que os trabalhadores de fábricas recebem valores bem menores do que outras categorias, como jornalistas e políticos.

Em nota, os Correios informaram que estão “à disposição da comissão para contribuir para o resgate da memória e pelo fortalecimento da democracia.” A CSN disse que não iria se manifestar sobre o caso. As outras empresas citadas não responderam as acusações da comissão.

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(Com Estadão Conteúdo)

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