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Cinco suspeitos de integrar milícia no Rio são presos

Por Da Redação
17 abr 2012, 17h34

Por Clarissa Thomé

Rio – Cinco homens suspeitos de integrar milícia que atua em Magé, na Baixada Fluminense, foram presos na manhã desta terça-feira, durante operação conjunta do Ministério Público Estadual e da Secretaria de Estado de Segurança. Dois acusados estão foragidos. Entre os presos está o sargento da Polícia Militar Vandro Lopes Gonçalves, apontado como o chefe do bando. Em 2008, Gonçalves foi candidato a vereador. Concorreu pelo PSOL, mesmo partido do deputado estadual Marcelo Freixo, um dos primeiros a denunciar a atuação de milicianos e presidente da CPI das Milícias, encerrada ainda em 2008.

“Ao que parece, ele não fez campanha – teve apenas cinco votos. Causa estranheza que ele tenha optado por concorrer por um partido como o PSOL. É possível que a candidatura tenha sido uma tentativa de tirar a credibilidade da legenda. Temos de investigar. O fato é que, se ele ainda estivesse no PSOL, seria expulso”, afirmou Freixo. O deputado ressaltou que, quando a filiação do PM foi aceita, não havia investigação contra Gonçalves.

A atuação da milícia em Magé chamou a atenção do MP e da Secretaria de Segurança por conta dos assassinatos ocorridos na região de Fragoso. Promotores e delegados que investigam a quadrilha denunciaram os integrantes por seis homicídios até agora. Outros casos estão sendo apurados.

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“Chama a atenção a extrema crueldade da quadrilha. Um adolescente, que praticava pequenos furtos, foi assassinado com tiro na nuca, sem chance de defesa. Uma das vítimas era um senhor que estava alcoolizado, sentado na calçada. Foi morto por estar bêbado e perturbar a ordem”, contou o promotor Bruno Gangoni.

Outro caso extremo foi o de Zenildo Honorato Rodrigues, morador do bairro, morto em 2007. Numa tarde em que um dos milicianos disparava para o alto, ele se aproximou do homem e pediu que parasse, já que os filhos brincavam ali perto. O criminoso mirou a cabeça do morador e atirou.

Ao longo da investigação, descobriu-se que o bando atuava explorando o transporte ilegal (lotada e mototáxi), e sinal de televisão pirata. Para não chamar a atenção, os investigadores não pediram a ficha do policial, que será analisada agora. Também será feita perícia para identificar se o carro da PM era usado nas atividades da quadrilha.

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O subsecretário de Inteligência, Fábio Galvão, afirmou que, desde 2007, 700 milicianos foram presos. “A população pode denunciar anonimamente esse tipo de atividade. Agimos de forma compartimentada, para as informações não vazarem”

Também foram denunciados os gêmeos Marcelo e Márcio Costa Teixeira, João Carlos de Castro Pinheiro, Daniel Faria dos Reis, Evan Pacheco de Medeiros (preso na casa do policial) e Leandro de Almeida Ribeiro. Os promotores e delegados não informaram quem são os dois foragidos.

Liga da Justiça

Marcos Paulo Moreira da Silva, conhecido como “Marquinhos Sem Cérebro”, foi preso na manhã de ontem, em Bangu, na zona oeste. Ele é acusado integrar uma das maiores milícias do Estado, a Liga da Justiça. De acordo com as investigações, Sem Cérebro era o braço armado do bando. Entre outras funções, era encarregado de matar donos de lojas de gás para, em seguida, tomar o comércio. Na casa dele, a polícia apreendeu R$ 10 mil, uma carabina de ar comprimido e um Corolla blindado. O criminoso se entregou com um filho no colo.

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