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Chuva no Noroteste do Rio deixa 2 mil desalojados

Em Santo Antônio de Pádua, população revive os problemas do início de janeiro, quando enxurrada atingiu a região

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 fev 2012, 17h22

“Só houve algo parecido em 1948”, afirma o secretário de Defesa Civil de Pádua, referindo-se a última cheia do rio Piratiniga que causou estragos semelhantes ao desta vez

As águas voltaram a assombrar o noroeste fluminense entre o último domingo e esta quarta-feira. A menos de um mês da enxurrada que deixou mais de 20 mil desalojados e desabrigados na região, uma das cidades mais afetadas no começo de janeiro começou fevereiro sem boas notícias. Pelo contrário, o cenário em Santo Antônio de Pádua, a 265 quilômetros do Rio, voltou a preocupar a Defesa Civil e os moradores. Da noite de terça até a manhã de quarta, 2500 pessoas ficaram desalojadas e 24 desabrigadas.

O rio Pirapetinga foi o responsável por castigar o centro do distrito de São Pedro de Alcântara e os bairros Santa Luzia e Ibitinema. No domingo e na noite de terça-feira uma forte chuva fez encher o rio. O transbordo acontece quando o nível da água chega a três metros. Dessa vez, subiu a até seis metros e meio. Até a manhã desta quarta a rodovia RJ-116, que liga Pádua a Bom Jesus de Itabapoana, ambas as cidades do noroeste do Rio, ficou fechada.

Segundo o secretário de Defesa Civil da cidade de Santo Antônio de Pádua, Ângelo de Abreu Figueiredo, a cheia do rio Pirapetinga é uma novidade. “Só houve algo parecido em 1948”, afirma. O cenário mais comum para os moradores do município é a cheia do rio Pomba, que ocorreu novamente durante esses dias. O normal do nível da água é de um metro e chegou a quase quatro metros e meio. As ruas mais baixas ficaram alagadas e a população ribeirinha, desalojada.

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No dia três de janeiro, o centro de Pádua ficou alagado e difícil de transitar por causa do transbordo do Pomba, que nasce na cidade mineira de Barbacena. Alagado, o hospital municipal Hélio Montesano teve de parar de funcionar no início do mês. A sede da prefeitura foi tomada pela água. O prefeito José Renato Fonseca Padilha e o secretariado tiveram de montar uma base na parte alta de Pádua.

Na ocasião, o prefeito disse ao site de VEJA que problemas relacionados ao rio Pomba são recorrentes, e a ajuda do governo é nula: “Tem que ser feita uma obra no Rio Pomba. Ele está totalmente assoreado. Em 2008, houve enchente aqui e nada foi feito”.

Segundo Ângelo de Abreu Figueiredo, os rios estão voltando ao nível normal. Metade dos desalojados também retornam às suas casas. A frequência do transbordo dos rios na região norte e noroeste está relacionada a um histórico de desmatamento e ocupação irregular de margens. Somente 1,5% da região Noroeste têm cobertura vegetal. As duas áreas decretaram por 72 vezes estado de emergência entre o ano de 2000 e o de 2010.

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