Chalita chamava propina de ‘Vanderlei’, diz ex-assessor
'Oba, o Vanderlei chegou', dizia o deputado, segundo autor de denúncia feita ao Ministério Público. A acusação tirou do parlamentar um cargo certo no novo ministério de Dilma e interrompeu alguns sonhos do PMDB para 2014
Até duas semanas atrás, o deputado federal Gabriel Chalita era uma estrela ascendente na política. Em 2010, ganhou prestígio ao defender a então candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, quando ela foi atacada por grupos religiosos por, supostamente, defender o aborto e o casamento entre homossexuais. Dois anos depois, candidatou-se a prefeito de São Paulo pelo PMDB e, com sua imagem de bom moço, discursou em defesa da ética e da amizade com padres-celebridade, como Marcelo Rossi e Fábio de Melo, conseguindo 13% dos votos. Saiu com o passe valorizado a ponto de, agora, ser nome certo na reforma ministerial que a presidente Dilma fará neste mês – além de peça no tabuleiro das eleições de 2014, quando poderia ser candidato ao Senado ou a vice-governador. O depoimento demolidor feito ao Ministério Público por um ex-assessor e ex-amigo do peito fez tudo ruir.
Para ler outras reportagens compre a edição desta semana de VEJA no IBA, no tablet ou nas bancas.