Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Caso Mércia: vigia é condenado a 18 anos de prisão

Evandro Bezerra da Silva foi acusado de ter auxiliado Mizael Bispo a assassinar a ex-namorada Mércia Nakashima em 2010

Por Da Redação
31 jul 2013, 21h05

Após três dias de julgamento, o vigia Evandro Bezerra da Silva, acusado de participar do assassinato de Mércia Nakashima, foi condenado a dezoito anos e oito meses de prisão. O júri, formado por quatro homens e três mulheres, incriminou o vigia por homicídio duplamente qualificado – meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. A sentença foi lida pela juíza Maria Gabriela Riscale Tojeira, nesta quarta-feira, no Fórum de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

O vigia foi acusado de ter ajudado o ex-policial militar e advogado Mizael Bispo a cometer o crime contra a sua ex-namorada. Apontado como o executor do crime, Mizael foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, meio cruel e sem dar chance de defesa à vítima – e ocultação de cadáver, no dia 14 de março deste ano.

Segundo as investigações, no dia do crime – 23 de maio de 2010 -, Evandro conversou dezenove vezes com Mizael por celular e foi buscá-lo próximo a uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo, onde o corpo e o carro de Mércia foram encontrados semanas depois.

Interrogado, o vigia admitiu que deu carona para Bispo no dia do crime, mas disse que desconhecia o que acontecera momentos antes. Ele ainda contou que viu Bispo entrar no carro com duas armas de fogo, mas que isso não era incomum. Segundo o vigia, ele andava sempre armado.

Continua após a publicidade

Para o promotor Rodrigo Merli, responsável pela acusação, as ligações comprovam a coautoria dele no crime. Para o advogado de defesa, Aryldo de Oliveira, configurava apenas uma relação profissional, uma vez que o réu era funcionário de Mizael.

A defesa questionou os autos e afirmou que Mércia Nakashima não morreu no dia 23 de maio. Na terça-feira, uma testemunha, apresentada como “Alfa”, afirmou ter visto a vítima no dia 26 de maio num pedágio de uma estrada de Guararema, no interior de São Paulo.

Diante do júri, o vigia disse que só confessou o envolvimento no homicídio porque foi torturado pela polícia.

Na segunda-feira, a primeira testemunha ouvida pelo tribunal, o advogado Arles Gonçalves, negou o relato do vigia e reforçou que não houve tortura. “Na minha frente, Evandro nunca disse que foi torturado. Se ele tivesse falado, eu teria tomado providências na hora”, disse Gonçalves.

Continua após a publicidade

No mesmo dia, o irmão de Mércia, Márcio Nakashima, depôs ao tribunal que um colega de trabalho do vigia lhe contou que o réu teria sumido estranhamente após o crime.

No final do seu interrogatório, nesta terça-feira, Evandro Bezerra da Silva chorou e reforçou a sua inocência: “Estou sendo acusado de um crime que não cometi”.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.