Um jovem ficou ferido na madrugada deste domingo durante um protesto realizado em frente ao Hotel Copacabana Palace, onde ocorria a festa de casamento de Francisco Feitosa Filho e Beatriz Barata – neta do empresário Jacob Barata, conhecido na cidade como o “rei do ônibus”. Ruan Martins, de 24 anos, foi atingindo na testa por um cinzeiro de vidro, que teria sido arremessado do hotel, e foi encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde levou pontos no local do ferimento.
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O protesto teve início ainda na noite de sábado, quando cerca de 100 manifestantes se concentraram em frente à Igreja do Carmo, no centro, local onde ocorria o casamento. Diante dos convidados que chegavam à cerimônia, os manifestantes protestavam com cartazes e buzinas. Eles exigiam a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes na Câmara de Vereadores para investigar a qualidade do serviço na cidade.
Os manifestantes começaram a se concentrar em frente à igreja por volta das 18h30. Dez seguranças particulares garantiam o acesso dos convidados. Conforme a quantidade de manifestantes foi aumentando, policiais militares chegaram ao local. Às 19h20, quando a noiva chegou à igreja, a polícia precisou fazer um cordão de isolamento para permitir sua entrada no local de cerimônia. Vestida de noiva, uma das manifestantes chegou a entregar baratas de plásticos aos policiais.
Após a cerimônia, o grupo seguiu os convidados até o Copacabana Palace – a festa ocorreu no terraço do segundo andar do hotel – e só foi dispersado com a chegada do Batalhão de Choque. Segundo nota da Polícia Militar, alguns manifestantes atiraram pedras contra o hotel Copacabana Palace após o jovem ter sido atingido por um cinzeiro, e a PM atirou bombas de efeito moral e spray de pimenta contra os manifestantes.
Um grupo de manifestantes registrou queixa por volta das cinco horas na 12ª DP (Copacabana). Ruan Martins foi à delegacia acompanhado da advogada Eloisa Samy, que também estava no protesto. A convocação do protesto ocorreu pelo Facebook. A família Barata tem participação em nove das 41 empresas de ônibus que ganharam a licitação feita pela Prefeitura do Rio em 2010 para explorar as linhas municipais.
(Com Estadão Conteúdo)