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Carvão ativado começa a ser usado nesta quinta (23) no Rio, diz Cedae

Equipamento é o único capaz de eliminar a geosmina, que altera o cheiro e a cor da água. Estatal garante que não irá repassar custos ao consumidor

Por Jana Sampaio Atualizado em 22 jan 2020, 17h11 - Publicado em 22 jan 2020, 17h08

Vinte dias após o início da crise de abastecimento de água, que conferiu cor, turbidez, odor e sabor fortes ao líquido, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro informou que a partir desta quinta-feira (23) o carvão ativado começará a ser usado no sistema de tratamento de água. O equipamento funciona como uma esponja e é o único capaz de reter a geosmina, uma molécula produzida por cianobactérias e que se prolifera em ambientes altamente contaminados, como o Rio Guandu, que abastece oito cidades, incluindo a capital fluminense.

Segundo a estatal, a montagem do sistema de aplicação do carvão ativado foi finalizada e testes elétricos, mecânicos e operacionais foram realizados entre terça (21) e quarta (22). Segundo o presidente da companhia, Helio Cabral, em 24 horas após o início da operação não haverá mais presença de geosmina, substância que deixa a água com sabor e cheiro de barro. A Cedae garante ainda que os custos da instalação não serão repassados ao consumidor, que tem se mostrado preocupado com a possibilidade de pagar a conta de água mesmo tendo que comprar água mineral para beber, cozinhar e até escovar os dentes.

“Em nenhum momento a Cedae nos procurou para explicar o que tinha acontecido e se era seguro consumir essa água. Já gastei mais de 160 reais comprando água mineral, isso além de pagar a conta de 200 reais no início do mês. Nem o filtro de carvão ativado conseguiu deixar a água tragável novamente”, afirmou a bancária Livia Pinheiro, moradora de Vila Valqueire, na Zona Norte do Rio.

A Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa) determinou que a Cedae comunique à população sempre que houver possíveis alterações na turbidez, cor, odor e gosto da água fornecida pela estatal. A Agenersa informou também que, a exemplo do modelo empregado pela Sabesp, no Estado de São Paulo, e pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), a Cedae tem cinco dias para informar se possui um degustador de água para avaliar qualidade da água nas estações de tratamento. Caso esse profissional não integre o quadro de funcionários, a companhia deve apresentar as medidas que serão tomadas para implementar o serviço em até cinco dias.

O caso é investigado pela Delegacia de Defesa de Serviços Delegados, que coletou documentos e amostras de água, e convocou funcionários da estatal para presentar depoimento, entre eles, o presidente da companhia, Helio Cabral, o ex-chefe da ETA Guandu, Julio César Antunes, e Pedro Ortolano, que o substituiu. O Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA), ingressou no último dia 17 com uma petição na Justiça de cumprimento de sentença para determinar que a companhia dê publicidade a mais de 70 laudos comprobatórios da qualidade da água disponibilizada à população do Estado do Rio. A deputada Renata Souza (PSOL-RJ), solicitou ao MPRJ reparação aos consumidores que receberam água da Cedae. “A população não deve pagar por uma água de má qualidade”, disse Renata.

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